Artes/cultura
19/11/2022 às 13:00•2 min de leitura
Em pleno ano de Copa do Mundo 2022, o planeta se prepara para acompanhar o torneio mais importante do futebol. Infelizmente, alguns craques não estarão em campo porque sofreram com aquilo que mais causa pânico em atletas: lesões.
O futebol profissional exige muito do físico dos profissionais, que treinam para entregar o máximo de desempenho durante as competições. Quanto mais eles jogam, mais suscetíveis estão a sofrer lesões, seja por desgaste físico ou por impacto.
No Brasil, a chance dos atletas de futebol se machucarem é ainda maior, pois os campeonatos são extensos e muitos times – especialmente os da primeira divisão – têm vários torneios para disputar durante o ano. Essa dinâmica é a porta aberta para diversas lesões. Conheça as principais.
(Fonte: Shutterstock)
Em 2020, um estudo publicado na revista da Sociedade Brasileira de Medicina do Exercício e do Esporte (SBMEE) acompanhou 310 atletas do sexo masculino de 10 equipes e registrou um total de 92 lesões. Os tipos mais recorrentes são a ruptura e a distensão muscular, representando 37% das lesões.
A coxa é a região em que boa parte das lesões se concentra, principalmente por conta de corridas ou sprints. Nesses casos, geralmente por exercícios de explosão, há grande chance de o atleta sofrer estiramento muscular. Isso acontece quando as fibras musculares são alongadas além dos seus limites, causando distensão, e são classificadas em grau I (baixa), grau II (média) e grau III (alta).
Outra lesão muscular bastante comum é a contratura, que é quando o músculo se contrai incorretamente e não volta para a posição de repouso.
(Fonte: Shutterstock)
Conforme o estudo da SBMEE, as lesões de ligamento também são frequentes, correspondendo a 19,6% das ocorrências. Diogo Netto, pesquisador da Universidade Federal do Paraná (UFPR) que acompanhou os times da Série A do Campeonato Brasileiro Masculino de 2016, concluiu que 10,8% das lesões aconteceram no tornozelo e 7,8% no joelho.
Essas áreas geralmente são as mais afetadas quando o assunto é ligamento, especialmente devido às rotações e movimentos bruscos que os jogadores fazem durante as partidas. Os ligamentos servem para ligar os ossos, como se fossem cordas, ajudando a estabilizar os movimentos e garantindo maior proteção às articulações.
Assim, lesões nos ligamentos podem afastar os jogadores por um bom tempo, principalmente quanto há rompimento. Nesses casos, o atleta geralmente precisa passar por cirurgia.
Como futebol é um esporte de contato, a chance de alguma lesão por impacto é sempre grande. Aqui entram vários tipos de machucados como concussões, luxações e até fraturas.
As concussões – lesões na cabeça – são as mais preocupantes, pois podem causar danos permanentes. Em disputas aéreas, a chance de ter esse tipo de lesão é alta, pois os choques entre os jogadores são frequentes. Alguns estudos apontam que as concussões ocorrem com maior frequência no futebol feminino, por vezes dobrando em relação aos homens.
(Fonte: Cecilie_Arcurs/Getty Images)
Em um esporte cada vez mais disputado e intenso, fazer exercícios de alongamento, aquecimento e fortalecimento podem evitar maiores problemas para os atletas e seus clubes. Pensando nisso, o manual 11+, produzido pela FIFA, traz uma série de exercícios para todo o corpo para ajudar a evitar lesões, e pode ser usado até por quem só joga futebol no final de semana.
Como diz o velho ditado, “é melhor prevenir do que remediar”: sempre que for praticar um novo esporte, faça-o com o acompanhamento profissional para evitar problemas futuros!