Alzheimer: como identificar a doença precocemente?

Na última semana, o ator australiano Chris Hemsworth chocou o mundo ao afirmar ter decidido dar uma pausa na sua carreira após descobrir ter um risco mais alto do que o normal de desenvolver a doença  de Alzheimer. Com 39 anos de idade, ele se tornou reconhecido por assumir a figura de Thor nos filmes da Marvel. 

Segundo Hemsworth, ele descobriu por testes sanguíneos que era portador de duas cópias do gene ApoE4, o que o torna de oito a dez vezes mais propenso a desenvolver a doença do que aqueles sem as cópias do gene — os quais só são carregados por 3% da população mundial. Além desse tipo de testagem, qual a melhor forma de identificar o Alzheimer precocemente? Veja só o que nós separamos para você!

Diagnóstico de Alzheimer

(Fonte: Shutterstock)

Apesar de existir uma extensa pesquisa a respeito do tema, atualmente não existe nenhum tipo de exame laboratorial ou de imagem que possa fazer um diagnóstico precoce da doença de Alzheimer. Como citado no caso de Hemsworth, os testes de sangue podem até mostrar uma predisposição, mas jamais identificar quando a doença está para se manifestar.

Na maioria dos casos, o diagnóstico só acontece quando a doença já progrediu o suficiente e uma variedade de sintomas passam a aparecer. O problema é o Alzheimer ser uma doença com sinais totalmente inespecíficos, imitando muitos outros distúrbios cerebrais. Dessa forma, decifrá-lo é bastante complicado.

Ao realizar um diagnóstico precoce da doença de Alzheimer, o objetivo da equipe médica normalmente é preparar melhor o futuro dessa pessoa, que provavelmente notará um declínio cognitivo e começará a sofrer com a perda de memória. Segundo especialistas, manter um diário dos potenciais sintomas pode ajudar o cuidador a observar a progressão da doença e manejá-la.

Principais sintomas

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Assim como a maioria das doenças, detectar a doença de Alzheimer com maior antecedência tende a ser de grande ajuda para melhorar o tratamento e cuidados individualizados ao paciente. A perda de memória tende a ser o sintoma mais marcante. No início, ela pode ser atribuída a um ocasional esquecimento, mas se torna mais persistente com o tempo.

O indivíduo com Alzheimer também costuma ter problemas para resolver problemas básicos, como controlar seu orçamento mensal ou simplesmente como trocar uma lâmpada. Nesse sentido, essas pessoas perdem a concentração muito rapidamente e não conseguem ou demoram muito para finalizar o que começaram.

Um sintoma preocupante é a perda de orientação. Pessoas com doença de Alzheimer perdem prontamente a noção de tempo, local e data, tornando-se extremamente fragilizadas e até mesmo podendo se perder de seus cuidadores caso a atenção não seja redobrada. 

Por fim, outra característica marcante entre esses enfermos é a mudança de humor e personalidade, repentinamente ficando com medo, desconfiado, paranoico, ansioso ou deprimido. Em alguns casos mais graves, eles podem até mesmo atacar fisicamente os outros quando estão com raiva e fora de suas zonas de conforto. Quando esses sintomas se tornarem recorrentes, o ideal é procurar urgentemente um médico especializado para ajudar no diagnóstico e acompanhamento.