Ciência
07/02/2023 às 12:00•2 min de leitura
Dormir é uma das atividades mais prazerosas (e importantes) da vida humana. Talvez por essa razão, as pessoas costumam prestar muita atenção em atos que possam melhorar a qualidade do sono. O perigo, no entanto, consiste em quando acreditamos em certos mitos.
Por sorte, as fake news que rondam o tema costumam ser inofensivas, incapazes de causar grandes estragos. Porém, estar atento e saber identificá-las pode ser preponderante em garantir a boa qualidade do seu sono — e da sua saúde. Confira os mitos mais absurdos:
(Fonte: Unsplash)
Mito recorrente. Bebidas alcoólicas não possuem nenhum benefício relacionado à qualidade do sono. Embora o álcool tenha efeito sedativo, isto é, consegue oferecer uma sensação de relaxamento, o que pode levar ao adormecimento mais rápido, a afirmação não encontra base científica no que concerne à qualidade e duração do sono.
Na realidade, a ingestão de bebidas alcoólicas reduz o sono REM, que é vital para a memória e para o processamento emocional. Logo, beber álcool gera uma baixa desse sono, o que pode levar a dificuldades de concentração, aprendizado e estabelecimento de memórias de longo prazo.
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Ainda que alguns aspectos relacionados ao sono sejam uma espécie de guia para uma boa qualidade de vida, não há um número exato de horas de sono que todas as pessoas devem seguir. Em geral, a medicina estipula recomendações para cada faixa etária.
Adultos, por exemplo, podem ficar entre 7 e 9 horas, mas a depender da faixa etária esse número pode ser reduzido para 6 horas ou aumentado para 10. Especialistas afirmam que a qualidade do sono será determinada pelo nosso estágio de vida, nossa saúde e o gasto energético diário.
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Essa você já deve ter ouvido por aí: "eu só preciso de umas horinhas de sono para ficar funcional". Sinto informar que isso é um mito. Como explicamos anteriormente, a carga de sono para cada indivíduo varia de acordo com diferentes aspectos. Isso, no entanto, não significa um número baixo.
Dormir menos do que o seu organismo precisa está associado a doenças, como obesidade, diabetes e pressão alta, conforme apontado em pesquisas publicadas em revistas científicas.
Existem mutações genéticas que — realmente — permitem às pessoas dormirem menos sem efeitos negativos à saúde. Contudo, essa é uma condição rara, o que significa que você e a maioria das pessoas precisará de mais minutos na cama.
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Por muito tempo, perpetuou-se a ideia de que praticar exercícios no período noturno fosse prejudicial à qualidade do sono. Apesar disso, um estudo publicado no ano de 2016 comprovou que indivíduos que se exercitavam durante a noite não apresentaram problemas para adormecer.
As conclusões deste mesmo estudo mostraram, inclusive, que as pessoas se beneficiaram da prática esportiva, apresentando índices melhores do que os que não haviam praticado nenhuma atividade.
Uma revisão do estudo, feita em 2019, demonstrou que os praticantes de atividades diminuíam a fase leve do sono, aproveitando a fase profunda por mais tempo. Porém, a mesma revisão demonstrou que quão mais próximo do horário do sono era realizada a atividade física, maior o impacto negativo.
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Outro mito é o que afirma que idosos necessitam de menos horas de sono. Na realidade, estudiosos sugerem que pessoas de mais idade possam necessitar até mesmo de mais horas de sono.
Isso ocorreria em virtude da perda, a partir dos 50 anos, de até 70% do sono profundo que tínhamos aos 20 anos. Ou seja, essa redução, acompanhada de outras condições médicas comuns a essa fase da vida, causam perturbações no sono e consequentemente um sono de menor qualidade.