Estudo aponta indicadores para saber quem vai alcançar os 100 anos

17/10/2023 às 12:002 min de leitura

Um dos maiores estudos já realizados com centenários revelou alguns marcadores que podem indicar quem vai atingir os 100 anos. A pesquisa, realizada na Suécia, acompanhou milhares de pessoas por 35 anos, mais de 1.200 destas se tornaram centenárias. Com isso, os cientistas foram capazes de apontar alguns indicadores que sinalizam maiores chances de viver mais e compará-los com idosos que não alcançaram a marca.

A pesquisa foi liderada por Shunsuke Murata e Karin Modig, do Karolinska Institutet, e publicada na Revista GeroScience.

Metodologia da pesquisa

A pesquisa analisou 44 mil pessoas que passaram por tratamentos de saúde entre os 64 e os 99 anos. Destas, 1.224 (2,7%) chegaram aos 100 anos, 85% dos quais eram mulheres. Nesses indivíduos, foram analisados 12 biomarcadores, testados por sangue, que foram identificados com padrões de mortalidade em estudos anteriores. Com esta base de dados, os cientistas foram capazes de identificar os padrões dos marcadores das pessoas que se tornaram centenárias.

Entre os marcadores investigados havia aqueles que indicam inflamação, como o ácido úrico, os ligados ao funcionamento do metabolismo, como colesterol e glicose, além de marcadores de funções hepáticas e renais, como alanina aminotransferase (Alat), aspartato aminotransferase (Asat), albumina, gama-glutamil transferase (GGT), fosfatase alcalina (Alp) e lactato desidrogenase (LD).

Os pesquisadores notaram que todos os centenários tendem a ter índices bem acima ou abaixo do indicado, muito provavelmente porque os valores padrões são tabelados para populações mais jovens e saudáveis. Apesar disso, várias conclusões puderam ser feitas e segundo a pesquisa, dos marcadores apenas a Alat e a albumina não mostraram correlação com chegar aos 100 anos.

Nutrição e estilo de vida prolongam a longeveidade. (Fonte: GettyImages/Reprodução)Nutrição e estilo de vida prolongam a longeveidade. (Fonte: GettyImages/Reprodução)

Conclusões do estudo de centenários

Uma das descobertas foi que as pessoas com 100 anos tinham baixos índices de glicose, creatinina e ácido úrico já a partir dos 60. Poucos dos que se tornaram centenários tinham níveis de glicose acima dos 6,5 ou de creatinina acima dos 125 nas décadas anteriores.

Os indivíduos testados foram divididos em 5 grupos de acordo com os resultados de cada exame. Os indicadores mostram que pessoas no grupo com os menores índices de colesterol total e de ferro tinham menos chances de chegar aos cem anos do que pessoas nos outros grupos. Outra correlação mostrou que pessoas com os maiores índices de glicose, creatinina e ácido úrico também diminuem as chances de atingir a marca.

Mesmo as pequenas diferenças podem ter um peso na chance de viver mais. O grupo com a menor porcentagem de ácido úrico, por exemplo, tinha 4% de chances de chegar aos 100 anos, os indivíduos no grupo com os maiores índices diminuíam as chances para apenas 1,5%.

Segundo os pesquisadores, o estudo não permite mostrar que alguns fatores genéticos possam influenciar nos biomarcadores. Porém, é possível notar que a nutrição e o uso ou não de bebidas alcoólicas desempenham um fator na longevidade. Portanto, manter os exames de glicose e ácido úrico em dia, e tomar conta dos rins e do fígado pode ser um bom conselho para quem quer chegar aos 100 anos.

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