Artes/cultura
28/12/2023 às 02:00•2 min de leitura
O uso crescente de melatonina entre crianças nos Estados Unidos tem levantado preocupações, especialmente devido à falta de regulamentações rigorosas pela Food and Drug Administration (FDA). Um estudo conduzido pela University of Colorado Boulder durante o primeiro semestre de 2023, descobriu que aproximadamente uma em cada cinco crianças menores de 14 anos utiliza melatonina para dormir.
(Fonte: Getty Images / Reprodução)
Nos últimos anos, o uso de melatonina entre crianças em idade escolar e pré-adolescentes aumentou significativamente. A ausência de regulamentações estritas da FDA para esse suplemento alimentar gera preocupações sobre sua segurança e eficácia.
O hormônio do sono tem sido comumente utilizado para tratar a insônia e problemas relacionados ao sono, especialmente em crianças com distúrbios do neurodesenvolvimento, como TDAH e autismo. Contudo, a falta de dados a longo prazo gera incertezas. Nesse sentido, é indispensável que o uso da substância seja feito sob supervisão médica e como parte de um plano de tratamento abrangente.
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O estudo revelou números alarmantes, destacando que a melatonina está sendo usada rotineiramente, muitas vezes sem supervisão médica. Durante a pesquisa, que teve uma duração de seis meses, os cientistas entrevistaram quase mil pais norte-americanos para avaliar o uso deste hormônio em seus filhos.
Surpreendentemente, os resultados apontaram que cerca de uma em cada cinco crianças — especificamente 18,5% das idades de 5 a 9 anos e 19,4% das idades de 10 a 13 anos — receberam melatonina nos 30 dias anteriores à pesquisa.
Além disso, aproximadamente 6% das crianças em idade pré-escolar, entre 1 e 4 anos, também fizeram uso do hormônio. Esses números mostram um aumento significativo em comparação com dados de 2017-2018, quando apenas 1,3% dos pais relataram o uso da substância por seus filhos.
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A dosagem adequada, a fonte confiável e a supervisão profissional são fundamentais ao administrar melatonina a crianças. O estudo revela que a prevalência do uso pode apontar para problemas subjacentes de sono, destacando a necessidade de uma abordagem criteriosa.
Além disso, considerações específicas, como a variação na quantidade real do hormônio em produtos e os riscos associados a gomas com aparência de doces, são discutidas. Os pesquisadores ressaltam que a melatonina não deve substituir práticas saudáveis de sono e deve ser usada com cautela em crianças mais novas.
Embora a melatonina possa ser benéfica em certos casos, seu uso em crianças requer uma abordagem cuidadosa e informada. É importante que os pais busquem orientação médica antes de administrar a substância a seus filhos, levando em consideração fatores como a dosagem adequada, a duração do tratamento e a presença de possíveis causas subjacentes dos distúrbios do sono.