4 doenças tão estranhas que parecem de mentira

25/06/2024 às 09:003 min de leituraAtualizado em 25/06/2024 às 09:00

O leque de doenças já registradas é muito plural. Algumas delas, inclusive, parecem fugir da compreensão lógica. Há anomalias genéticas e condições médicas muito raras e impressionantes, mas que conseguem despertar a nossa curiosidade sobre o misterioso funcionamento de nosso organismo.

Observar estas patologias não deixa de ser uma maneira de compreender mais sobre a complexidade do ser humano. Olhar para elas é também contemplar os desafios impostos à medicina no que diz respeito ao seu diagnóstico e tratamento. 

1. Síndrome da mão alienígena 

(Fonte: GettyImages / Reprodução)
Na síndrome da mão alienígena, a pessoa percebe a própria mão como estranha. (Fonte: Getty Images / Reprodução)

Por mais bizarro que possa parecer, a síndrome da mão alienígena (SMA) realmente existe. Trata-se de um distúrbio que se caracteriza pela atividade motora involuntária no membro superior, que se soma à percepção estranha deste membro.

Este distúrbio neurológico costuma surgir após um Acidente Vascular Cerebral (AVC) ou como resultado de doenças degenerativas. O paciente sente como se tivesse perdido o controle do cérebro sobre a própria mão, que passa a executar ações estranhas, como agarrar objetos ou tocar o próprio rosto. Dá a impressão de que a mão está independente de sua vontade, e pode ser uma sensação muito perturbadora.

Os médicos costumam lidar com a SMA a partir de técnicas comportamentais, mas não há cura para essa doença.

2. Síndrome do odor de peixe podre

(Fonte: GettyImages / Reprodução)
A Síndrome do Odor de Peixe Podre causa sérias consequências sociais ao portador. (Fonte: Getty Images / Reprodução)

O nome técnico dessa doença é trimetilaminúria (TMAU), mas ela também é conhecida como síndrome do odor de peixe podre. Trata-se de uma doença metabólica rara que se caracteriza pelo mau cheiro corporal, do hálito e por um gosto muito ruim na boca, semelhante ao cheiro de peixe estragado.

Ela ocorre devido a uma incapacidade do corpo de quebrar a trimetilamina, um composto que é produzido no intestino. Quando armazenada em excesso, a trimetilamina é liberada nos fluidos corporais, gerando o odor característico, que é bem desagradável.

O tratamento da doença envolve mudanças na dieta para reduzir a ingestão de trimetilamina, que é metabolizada a partir de elementos presentes em alimentos como peixes, ovos e legumes. Mas, de modo geral, esse é um problema que reduz muito a qualidade de vida do portador, pois prejudica a sua sociabilidade.

3. Doença do homem de pedra

(Fonte: GettyImages / Reprodução)
A terrível doença do homem de pedra faz a pessoa desenvolver um segundo esqueleto. (Fonte: Getty Images / Reprodução)

Essa doença rara é cientificamente chamada de fibrodisplasia ossificante progressiva (FOP). Trata-se de um distúrbio genético ocorrido pela mutação do gene ACVR1, que fica no cromossomo 2q23-24, e que tem uma consequência terrível: o corpo passa a transformar os músculos em ossos, levando à perda progressiva dos movimentos.

Ou seja, aos poucos, o doente desenvolve um segundo esqueleto que torna os seus movimentos impossíveis. Isso geralmente começa a acontecer na infância e vai avançando ao longo da vida da pessoa.

Infelizmente, não há cura para essa doença. Os médicos costumam pedir que os doentes evitem atividades que podem provocar lesões e usar medicamentos para as inflamações. Mas, sem dúvida, as pessoas que carregam essa condição passam por sofrimentos terríveis.

4. Síndrome de Pica

(Fonte: GettyImages / Reprodução)
Os portadores da síndrome de pica curtem comer coisas que não são alimentos, como pedras. (Fonte: Getty Images / Reprodução)

A síndrome de pica é um transtorno alimentar realmente assustador: ela se caracteriza pela ingestão de substâncias que não são alimentos. A pessoa que possui o distúrbio pode consumir, por exemplo, sujeira, argila, giz, papel ou mesmo metais.

Ainda não se sabe exatamente o que causa esse problema, mas os especialistas creem que ele derive de uma junção de fatores psicológicos, culturais e nutricionais. Pessoas com deficiências de ferro ou zinco podem desejar consumir substâncias estranhas, mas essa vontade também pode estar ligada a questões como estresse e gravidez.

Geralmente os portadores da doença correm riscos, como o de sofrer uma séria obstrução intestinal, envenenamento, além de problemas dentários. O tratamento para a síndrome de pica costuma combinar o uso de suplementos nutricionais e terapia comportamental.

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