Curativos elétricos podem revolucionar a cicatrização de feridas crônicas

14/08/2024 às 18:002 min de leituraAtualizado em 14/08/2024 às 18:00

A cicatrização de feridas crônicas representa um desafio significativo na medicina moderna, especialmente para pacientes com condições como diabetes, que podem levar a complicações graves, como amputações. No entanto, um novo avanço promete transformar esse cenário: curativos elétricos.

A tecnologia foi desenvolvida por uma equipe de pesquisadores da Universidade Estadual da Carolina do Norte (NCSU) e da Universidade de Columbia. O estudo, publicado na Science Advances, é parte de um projeto da DARPA, a Agência de Projetos de Pesquisa Avançada de Defesa dos EUA, e contou com o apoio da National Science Foundation.

Inovação na tecnologia de curativos

Foto de um curativo movido a água e sem eletrônicos (WPED). (Fonte: NCSU/Reprodução)
Foto de um curativo movido a água e sem eletrônicos (WPED). (Fonte: NCSU/Reprodução)

Os pesquisadores desenvolveram um novo tipo de curativo movido a água sem eletrônicos, conhecido como WPED (Water-powered, electronics-free dressings). Esse curativo utiliza eletrodos e uma bateria biocompatível para criar um campo elétrico que acelera a cicatrização das feridas. O destaque da tecnologia está na simplicidade e no baixo custo, custando apenas alguns dólares por unidade.

O WPED é aplicado diretamente na ferida e ativado com uma gota de água, gerando um campo elétrico que promove a recuperação celular e a formação de novos vasos sanguíneos. A conformidade do curativo com a superfície irregular das feridas crônicas é fundamental, pois permite que o campo elétrico atue de maneira eficiente, desde a periferia até o centro da ferida.

Resultados promissores

Testes realizados em ratos de laboratórios demonstraram que o curativo elétrico acelerou a cicatrização mais rápido do que métodos convencionais. (Fonte: Getty Images/Reprodução)
Testes realizados em ratos demonstraram que o curativo elétrico acelerou a cicatrização. (Fonte: Getty Images/Reprodução)

Os testes realizados em camundongos diabéticos mostraram que o WPED pode acelerar a cicatrização em cerca de 30% em comparação com curativos tradicionais. Além dos resultados rápidos, a tecnologia oferece uma solução prática para os pacientes, pois permite o tratamento em casa e mantém a mobilidade. Essa facilidade promete aumentar a adesão ao tratamento e reduzir a necessidade de visitas frequentes a clínicas.

Os próximos passos incluem otimizar a tecnologia para reduzir flutuações no campo elétrico e aumentar sua duração. Os pesquisadores estão se preparando para ensaios clínicos, que poderão validar a eficácia do WPED em um ambiente clínico real. À medida que a pesquisa avança e novos testes são realizados, espera-se que essa tecnologia se torne uma ferramenta valiosa no combate a feridas crônicas, marcando um passo importante para a medicina e a saúde pública.

As bandagens elétricas representam um avanço significativo na cicatrização de feridas, oferecendo uma solução inovadora e acessível que pode transformar o tratamento de condições graves como úlceras diabéticas. Com o apoio de instituições como a National Science Foundation e a DARPA, a pesquisa está avançando para trazer essa inovação ao mercado e beneficiar milhões de pacientes.

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