Ciência
01/11/2017 às 13:26•2 min de leitura
Uma mutação ocorrida no gene OCA2 deu origem aos olhos azuis, sendo que isso é bem recente na história da humanidade: acredita-se que o primeiro caso tenha acontecido na região da Espanha há 7 mil anos! A mutação desligou o pigmento marrom da íris, dando origem aos olhos azuis, que hoje são encontrados em 8% da população mundial.
Inicialmente, o leite das vacas não era algo para ser consumido pelos humanos, mas, quando começamos a domesticar esses animais, há cerca de 10 mil anos, uma mutação no gene MCM6 permitiu que pudéssemos consumir seu leite sem passar mal. Apesar de isso ter surgido na Europa, indícios apontam que a mutação também aconteceu naturalmente na região da Índia!
Cerca de 5% da população mundial possuem a mutação genética que deixa os cabelos ruivos. Países como a Escócia possuem uma concentração maior de gente com tonalidades avermelhadas por conta do isolamento geográfico, que propiciou uma maior concentração de ruivos por lá. A mutação ocorreu no gene MC1R, responsável pela produção de melanina, por volta de 20 a 40 mil anos atrás.
Chamada de “rubor asiático”, já que 35% dos orientais a possuem, essa condição é aquela que deixa as bochechas rosadas quando a pessoa ingere álcool. E ela nem precisa ficar bêbada para isso acontecer, já que se trata de uma reação autoimune que se inicializa no fígado: o gene que codifica a enzima ALDH2 não consegue digerir totalmente o álcool, e isso acaba transparecendo no rosto.
De 10% a 25% dos americanos com origem europeia, 40% dos asiáticos, 11% dos afrodescendentes e até 45% dos inuits têm algo em comum: a ausência de ao menos um dos dentes chamados de terceiro molar (ou popularmente de siso ou “dente do juízo”). Com a descoberta do fogo pelos nossos antepassados, os alimentos passaram a ficar mais moles, e os últimos dentes, que nascem na faixa dos 20 anos de idade, deixaram de ter muita utilidade.