Estilo de vida
02/03/2018 às 09:31•1 min de leitura
Não nos é nada estranha a relação de amizade entre pessoas e seus cachorros, e se você não tem seu próprio cão em casa, com toda certeza conhece muitas pessoas que não vivem sem seus amigos de quatro patas, não é mesmo?
Uma análise recente, de um túmulo descoberto há mais de 100 anos, revelou que essa amizade entre pessoas e cachorros parece ser mais antiga, em termos evolutivos, do que se imaginava até agora.
O túmulo em questão foi descoberto por acaso em 1914, e nele estavam enterrados um homem, uma mulher e dois cachorros que morreram há nada menos do que 14 mil anos!
Uma análise dos restos mortais dos animais revelou que o mais novo dos cães tinha sete meses de idade quando morreu, e que sua morte foi provocada possivelmente por um vírus que contraiu alguns meses antes e ocasionou um problema cardíaco. De acordo com os pesquisadores envolvidos na análise, o cachorro provavelmente não sobreviveria tanto tempo se não tivesse sido cuidado por alguém.
A doença do cachorro mais novo foi descoberta através da dentição do animal
Luc Janssens, que falou ao Mother Nature Network sobre o assunto, disse que, sem cuidados, o animal viveria por no máximo três semanas. De acordo com ele, o cãozinho só sobreviveu por mais dois meses, aproximadamente, porque foi mantido quente, limpo, alimentado e recebendo água.
“Isso, juntamente com o fato de que os cães estavam enterrados com as pessoas que podemos deduzir que eram seus donos, sugere que houve um relacionamento de cuidados único entre humanos e cães há 14 mil anos”, concluiu.
Como o cão morreu jovem e, por isso, possivelmente não foi adestrado para caçar, os pesquisadores acreditam que ele e seus donos desenvolveram um vínculo emocional.
O túmulo que foi analisado é o mais antigo de que se tem notícias em termos de abrigar seres humanos e seus cães de estimação. Ele serve, portanto, como uma das primeiras evidências de domesticação de animais.