Ciência
28/07/2018 às 06:00•1 min de leitura
A maioria dos animais tem gestações mais curtas e partos de menor duração, e os filhotes se desenvolvem mais rapidamente. Então por que, após gestar por 9 meses, passamos por um parto extremamente arriscado, que ao longo dos séculos matou — e ainda mata — incontáveis mulheres? E por que, ainda por cima, nascemos tão vulneráveis que levamos anos até nos tornarmos minimamente independentes? A resposta, por incrível que pareça, está na nossa evolução.
Ao analisar os fósseis dos nossos antepassados de 7 milhões de anos atrás, é possível notar pouquíssimas semelhanças; uma delas era o andar sobre duas pernas. Ali estava se iniciando um processo evolutivo que nos traria aonde estamos hoje.
Para conseguir alimentos, tínhamos que percorrer longas distâncias e ser capazes de carregá-los. Isso fez com que nossa estrutura óssea e muscular tivesse que mudar, o que inclui a estrutura da pélvis; ou seja, o canal por onde os filhotes anteriormente passavam, que era reto e direto, se tornou distorcido por causa da mudança de postura e do estreitamento dos quadris. Mas não parou por aí. Nós continuamos a evoluir, e nosso cérebro começou a aumentar, e junto com ele, nosso crânio.
A soma de tudo isso fez com que as duas partes sofressem muito mais no parto: a mãe, que teve o corpo adaptado para a sobrevivência, mas não o suficiente para que o parto pudesse acontecer sem a sensação de dezenas de ossos se quebrando; e a criança, que precisou começar a se contorcer de diversas formas para sair do útero da mãe e, para isso, teve que nascer com um esqueleto formado predominantemente de cartilagem e com o crânio parcialmente aberto (chamado de moleira), o que a torna muito mais vulnerável do que os outros “filhotes”.
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