Artes/cultura
08/04/2020 às 06:30•1 min de leitura
Em plena pandemia de covid-19, outro evento assustador chamou a atenção do mundo: incêndios nos arredores de Chernobil fizeram o nível de radiação no ar aumentar em até 16 vezes. As queimadas aconteceram próximo à vila de Vladimirovka, que fica dentro da zona de exclusão da antiga usina nuclear, atualmente desabitada. O fogo iniciou no sábado e, até segunda-feira de manhã, ainda não havia sido controlado.
O nível normal de radiação atual na área é de 0,14 µSv/h (microsievert por hora), enquanto a máxima permitida é de 0,5 µSv/h. Entretanto, no centro dos incêndios, a medição chegou a 2,3 µSv/h. Não há indícios de que essa radiação tenha se movimentado em direção à capital Kiev nem mesmo a Chernobil, que segue com níveis normais de radiação. Outra medição, feita no domingo, apontou 0,34 µSv/h, um pouco abaixo do limite.
Muitas queimadas são provocadas por pessoas que moram próximo à região, ainda que de maneira acidental
Ao todo, cerca de 20 hectares foram consumidos pelas chamas. Mais de 120 bombeiros, 2 aviões e 1 helicóptero trabalham para conter os incêndios. A área fica dentro do perímetro de 2,5 mil km² que foi desabitada após o acidente nuclear de 1986. Hoje em dia, ela é tomada por florestas que podem gerar incêndios.
Porém, muitas queimadas são provocadas por pessoas que moram próximo à região, ainda que de maneira acidental. O serviço de inspeção ecológica da Ucrânia cobra leis mais duras para quem for pego ateando fogo no quintal, pois isso agrava as queimadas, principalmente durante o outono e a primavera.
Incêndio nos arredores de Chernobil faz nível de radiação aumentar via TecMundo