Abelha metade macho, metade fêmea é encontrada no Panamá

09/04/2020 às 02:002 min de leitura

Cientistas da Universidade de Cornell, de Nova York, descobriram uma abelha extremamente única durante uma pesquisa feita em florestas da ilha de Barro Colorado, no Panamá. Eles encontraram uma abelha Megalopta amoena que é metade macho e metade fêmea.

(Fonte: Erin Krichilsky et al/Journal of Hymenoptera Research/Reprodução)(Fonte: Erin Krichilsky et al/Journal of Hymenoptera Research/Reprodução)

A pesquisa

O estudo feito pelos pesquisadores era, inicialmente, uma análise da vida das abelhas noturnas da região do Panamá, entretanto, quando se depararam com o espécime de abelha ganharam um novo foco. Por ser a primeira de sua espécie a apresentar essas características, os pesquisadores relataram tudo o que descobriram em um artigo publicado no Journal of Hymenoptera Research.

A pesquisa foi liderada pela Universidade de Cornell em conjunto com outras universidades dos Estados Unidos, uma do Panamá e outra da Costa Rica. Os cientistas que participaram da elaboração do trabalho foram Erin Krichilsky, Álvaro Vega-Hidalgo, Kate Hunter, Callum Kingwell, Chelsey Ritner, William Wcislo e Adam Smith.

A descoberta

A abelha é a única da sua espécie, até onde se sabe, e tem uma condição conhecida como ginandromorfo bilateral, que é quando cada lado do animal tem características sexuais diferentes. Já foram encontrados esses espécimes exóticos em vários animais do mundo, entretanto, é a primeira vez que uma abelha noturna apresenta essas características.

No caso da abelha encontrada, o lado esquerdo é macho e o direito é fêmea. E a discrepância dos dois lados é gritante. O esquerdo tem uma antena longa, uma mandíbula mais suave e uma perna traseira fina, enquanto o direito tem uma antena curta, uma mandíbula pontiaguda e uma perna traseira robusta.

Confira as diferenças na imagem divulgada pela pesquisa:

(Fonte: Erin Krichilsky et al/Journal of Hymenoptera Research/Reprodução)(Fonte: Erin Krichilsky et al/Journal of Hymenoptera Research/Reprodução)

Os cientistas também quiseram entender como a dualidade sexual poderia interferir no ritmo circadiano da abelha, que é o relógio interno que coordena os tempos de forrageamento, e descobriram que ela tende a se comportar como uma fêmea. Por conta disso, os pesquisadores acreditam que o comportamento de forrageamento da espécie está mais associado ao lado direito do cérebro.

A abelha Megalopta amoena com ginandromorfismo bilateral faz com que a espécie se junte às outras 140 espécies de abelhas que já apresentaram um animal com metade macho e metade fêmea.  

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