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21/05/2020 às 11:30•2 min de leitura
A ficção nos fez acreditar que o Tiranossauro Rex era um predador terrível, carniceiro e... veloz, mas a verdade é que as longas pernas desses dinossauros não eram feitas para grandes perseguições, e sim para espreitar e perseguir — lentamente! — as vítimas.
Uma nova pesquisa concluiu que os membros inferiores desses animais geravam a eficiência energética necessária para que eles pudessem perseguir as presas por horas e horas e vencê-las pelo cansaço, literalmente.
"Meus bracinhos não alcançam!"
Publicado no periódico científico Plos One, o estudo liderado pelo professor Thomas Holz, do Departamento de Geologia da Universidade de Maryland, revelou que as longas pernas atuavam como "baterias" para os predadores, garantindo que eles mantivessem a energia necessária para continuar em pé mesmo quando os animais que estavam perseguindo começavam a dar sinais de exaustão.
Certamente eles não conseguiriam pular corda.
Para chegar a essa conclusão, os pesquisadores analisaram a métrica de diversos aspectos dos terópodes (carnívoros) com base em de 93 dinossauros pertencentes a 71 espécies. Entre as características consideradas estavam proporções dos membros, tamanho, massa corporal, postura e marcha, que ajudaram a calcular a velocidade máxima dos animais, desde os menores, que pesavam menos de meio quilo, até os mais gigantes, de 9 toneladas.
Na comparação entre os terópodes, os menores eram mais beneficiados pelas pernas longas.
A grande surpresa foi que as pernas longas só contribuíam para a velocidade em dinossauros menores, mas isso não se replicava entre os que pesavam mais de 1 tonelada. O peso ajudava a diminuir a velocidade da corrida, o que nem de longe significava, no entanto, que a corrida era menos eficiente.
Segundo o pesquisador que liderou o estudo, a descoberta ajuda a repensar toda a história do planeta, uma vez que a agilidade dos predadores foi, durante décadas, considerada uma das responsáveis pelo domínio dos dinossauros carnívoros na Terra.