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22/06/2020 às 13:00•2 min de leitura
Encontrar as ditas lulas-gigantes faz parte das histórias de muitos marinheiros de séculos passados. Relatos de embarcações que encontraram os animais de tamanho descomunal deixaram populações aterrorizadas. Entretanto, tem se tornado cada vez mais difícil achar esses seres, que são conhecidos por estarem nos oceanos mais profundos. Bom, pelo menos até certo ponto.
Frequentadores de uma praia de Britannia Bay, na África do Sul, tomaram um susto ao encontrar encalhada na areia uma lula-gigante do tamanho de um carro. O caso aconteceu no dia 7 de junho e, obviamente, o animal foi parar por engano na região, já que seu habitat natural são os oceanos mais profundos.
Lula gigante em Britannia Bay. (Fonte: Iziko Museums of South Africa/Reprodução)
O animal que estava encalhado e, infelizmente, morrendo na praia africana tinha aproximadamente quatro metros de comprimento e pesava entre 200 e 300 quilos. O tamanho descomunal é quase o de um pequeno carro! Quando encontrada por um local, a lula ainda estava respirando e o morador tentou empurrá-la de volta ao oceano, mas, por conta do peso, não teve sucesso.
A lula, que faleceu, foi para o Iziko Museum e está sendo estudada pelos biólogos marinhos do local. Ela se uniu a outras 19 lulas gigantes que estão na instituição, todas submersas em álcool 70%. Os pesquisadores informaram que, mesmo com quatro metros de comprimento, o animal ainda era jovem e poderia crescer mais.
Segundo um dos biólogos marinhos do museu, estes tipos de lula vivem em todos os mares do planeta, com exceção dos polares. Normalmente, elas se localizam em regiões profundas do oceano, entre 300 e 900 metros de profundidade.
Richard Davies, um morador da região, fez um vídeo do encontro com a lula-gigante. Confira:
As lulas-gigantes — e as lulas-colossais, que são ainda maiores — são tão raras que possuem uma aura mítica em torno de suas histórias. Acredita-se que tenham sido suas maiores versões que inspiraram os mitos nórdicos do Kraken, monstro marinho que atacava embarcações.
Esses seres começaram a ser vistos e gravados em seu habitat natural a partir de 2004, já que estão em profundidades extremas (áreas com muita pressão e pouquíssimo oxigênio). Acredita-se que as versões maiores das lulas possam alcançar até 20 metros de comprimento. Entretanto, não foi encontrada nenhuma desse tamanho até hoje.