Artes/cultura
28/07/2020 às 05:00•2 min de leitura
Na Dinamarca, engenheiros estão prontos para iniciar um projeto ousado e inovador, que promete ser um uma das soluções para o problema do desperdício na geração de energia limpa. O projeto consiste armazenar a energia excedente em balões de água subterrâneos.
A invenção dos dinamarqueses foi apelidada de bateria topográfica. Ela recebeu esse nome justamente por envolver a construção de enormes balões de água que ficarão enterrados no subsolo, e cuja instalação de testes terá 100 m².
A ideia é usar o excesso de energia produzida para bombear a água de um reservatório para uma membrana gigante (o balão d’água), que estará sob o solo, embaixo de uma quantidade de peso estrategicamente calculado.
Fonte: Aarhus University/Divulgação
O plano é que a instalação de testes tenho no mínimo 10 x 10 metros, para simular melhor um sistema em larga escala e minimizar o risco de falhas.
Enquanto o balão de água, enterrado a alguns metros, estiver sendo preenchido, a pressão vai elevar o solo depositado logo acima. Esse, basicamente, é o conceito de armazenamento de energia do projeto.
Quando a reutilização da energia for necessária, uma válvula será aberta, deixando a água ser expulsa pela força da gravidade exercida pelo peso do solo acima do balão. A água passará por uma turbina geradora de eletricidade e voltará ao reservatório inicial.
A invenção dinamarquesa possui objetivos bem ambiciosos. O projeto final visa criar um balão de 330 x 330 metros, que ficará enterrado a uma profundidade máxima de 25 metros e, quando estiver totalmente cheio, deverá elevar o solo em no máximo 14 metros. A capacidade total de armazenamento prevista é de 230 MWh.
Esse é apenas um dos vários projetos em andamento no mundo, que visam armazenar energia renovável. De acordo com o professor Kenny Sorensen, da Universidade de Aarhus, eles já estão precisando doar energia pelo simples fato de não conseguir armazená-la da maneira adequada.
Balões de água subterrâneos vão armazenar energia renovável via TecMundo