Estilo de vida
04/08/2020 às 13:00•2 min de leitura
Uma vacina em desenvolvimento para combater a doença de Lyme apresentou resultados promissores no ensaio clínico. O primeiro estudo realizado da fase 2 do ensaio revelou que a vacina é segura e eficiente. A informação foi divulgada pela Valneva, a empresa francesa de biotecnologia que é responsável pelo feito.
A doença de Lyme é causada pela bactéria B. burgdorferi, que pode ser transmitida por meio de carrapatos infectados que costumam viver em áreas florestais dos Estados Unidos, Ásia e Europa. Dentre os sintomas, estão dores musculares, cansaço crônico e inflamação do cérebro e da medula espinhal.
Atualmente, ela é tratada com antibióticos. A maior questão é que o diagnóstico costuma demorar devido à similaridade dos sintomas com outras doenças. Se não for tratada, pode causar danos mais sérios às juntas, ao coração e ao sistema nervoso de quem estiver contaminado.
A eficácia da vacina se dá ao acionar o sistema imunológico do corpo para produzir anticorpos para os seis sorotipos mais comuns da doença. Isso acontece quando uma proteína isolada do patógeno é introduzida no organismo, o que permite que o sistema imunológico possa reconhecer e gerar uma resposta às proteínas de superfície encontradas na bactéria B. burgdorferi.
Mais de 570 adultos saudáveis dos Estados Unidos e da Europa participaram da fase 2 do estudo. Um grupo recebeu um dos dois níveis de dose da vacina VLA15 em três injeções, enquanto o outro recebeu um placebo.
Os cientistas perceberam que quem recebeu a dose ativa produziu uma quantidade significativa de anticorpos contra cada um dos seis sorotipos mais comuns da doença.
Com o investimento recebido da farmacêutica Pfizer, o estudo deve se desenvolver mais rapidamente. "Dados adicionais dos estudos da fase 2 em andamento nos próximos meses vão apoiar decisões adicionais sobre a dose e a programação", declarou Dr. Wolfganf Bender, médico-chefe da Valneva, em uma nota.
Ainda que a imunização possa demorar alguns anos para ser disponibilizada ao público, os resultados apresentam um caminho otimista para o combate à doença de Lyme.