Crustáceo gigante 'Darth Vader' é descoberto nas águas da Indonésia

23/08/2020 às 15:002 min de leitura

Cientistas da Indonésia descobriram um dos maiores crustáceos já encontrados no oceano. O Bathynomus raksasa é do tipo de crustáceo isópode e pode medir 33 cm na idade adulta, o que o torna o maior gigante da espécie encontrado em uma década. 

O animal é um dos maiores da espécie. (Fonte: SJADES 2018)
O animal é um dos maiores da espécie. (Fonte: SJADES 2018)

Com grande semelhança a uma "barata gigante", o animal foi encontrado em uma expedição ao Estreito de Sundra, entre as ilhas de Java e Sumatra. 

A expedição ocorreu em 2018, mas a descrição das espécies de Bathynomus foi publicada em um estudo na ZooKeys em julho deste ano. A pesquisa foi uma colaboração entre o Instituto de Ciências da Indonésia (LIPI), a Universidade Nacional de Cingapura e o Museu de História Natural Lee Kong Chian.  

O Darth Vader do oceano

A descoberta empolgou os pesquisadores da expedição de 2018. (Fonte: LIPI)
A descoberta empolgou os pesquisadores da expedição de 2018. (Fonte: LIPI)

De acordo com a National Oceanic and Atmospheric Administration, os isópodes têm em comum características como quatro conjuntos de mandíbulas, olhos compostos, dois conjuntos de antenas e um corpo segmentado com sete seções.

Dentre os isópodes do oceano, o gênero Bathynomus reúne as espécies maiores. Os isópodes Bathynomus são carinhosamente chamados pelos cientistas de "Darth Vader dos Mares", devido às suas cabeças lembrarem o capacete do vilão icônico de Star Wars

Na expedição, os cientistas coletaram dois espécimes: um macho e uma fêmea. O tamanho do seu escudo de cabeça, os segmentos abdominais e o grande número de espinhos revelaram que o gigante era uma espécie nova. 

Novas descobertas

Vista da fêmea da espécie. (Fonte: SJADES 2018)
Vista da fêmea da espécie. (Fonte: SJADES 2018)

"A identificação desta nova espécie é uma indicação do quão pouco nós conhecemos os oceanos" declarou a co-autora do estudo, a pesquisadora Helen Wong em um comunicado à imprensa. 

"Certamente, há mais para nós explorarmos em termos de biodiversidade no mar profundo da nossa região" afirmou a cientista. 

A descoberta do Bathynomus raksasa não foi a única da expedição. Os pesquisadores estão estudando e identificando mais de 12.000 espécimes que foram coletadas no trabalho, o que significa que mais descobertas podem ser publicadas logo. 

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