Cientistas descobrem indícios de hibernação há milhões de anos

31/08/2020 às 10:002 min de leitura

Cientistas da Universidade de Washington, nos Estados Unidos, descobriram um fóssil de 250 milhões de anos de um animal com evidências de hibernação. O estudo, publicado no Communications Biology, mostrou a descoberta de restos fósseis do Lystrosaurus, um animal que viveu na Antártica durante o Triássico Inferior. 

A pesquisa indica que esse é o exemplo mais antigo dessa característica em um registro fóssil. Inclusive, os indícios apontam que o estado de hibernação pode ter contribuído para a sobrevivência do Lystrosaurus durante a extinção em massa do Permo-Triássico. 

A história do Lystrosaurus

Representação artística do Lystrosaurus. (Fonte: Crystal Shin)
Representação artística do Lystrosaurus. (Fonte: Crystal Shin)

Os Lystrosaurus eram criaturas atarracadas do tamanho de um porco, embora algumas chegassem a medir de 1,8 metro a 2,4 metros. Em vez de dentes, possuíam presas na mandíbulas superior, as quais serviam para cavar o solo em busca de raízes para se alimentarem, de acordo com os paleontólogos. Seus restos fósseis foram encontrados na Índia, China, Rússia, partes da África e na Antártida. 

Por meio da análise de cortes transversais das presas fossilizadas, os cientistas perceberam que as do Lystrosaurus da Antártica continha menos dentina por conta do estresse. Esse é um aspecto também observado nos dentes dos animais modernos que passam por hibernação. No entanto, ainda não se sabe se eles hibernavam de fato ou entravam em um estado de torpor.

"Animais de sangue frio muitas vezes desligam o seu metabolismo inteiramente durante uma estação difícil, mas muitos animais endotérmicos ou de 'sangue quente', que hibernam frequentemente, reativam seu metabolismo durante o período de hibernação", declarou a pesquisadora Megan Whitney, autora do estudo em um comunicado à imprensa.

A hibernação como forma de sobrevivência

A hibernação é uma forma de resistir ao clima rigorosa da Antártida. (Fonte: Pexels)
A característica é uma forma de resistir ao clima rigoroso da Antártida. (Fonte: Pexels)

As evidências encontradas indicam que algum estado de torpor surgiu entre os vertebrados antes da evolução dos mamíferos e dinossauros. 

Comum em animais que vivem em regiões polares, essa característica é uma forma de sobreviver a um inverno rigoroso, que resulta em comidas escassas, dias mais escuros e temperaturas baixas. 

Para atravessar esse período, alguns animais entram em estado de dormência, no qual as suas taxas metabólicas diminuem, a temperatura corporal fica mais baixa e o organismo necessita de menos energia. 

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