Artes/cultura
11/11/2020 às 05:00•2 min de leitura
O Observatório de Arecibo, em Porto Rico, teve mais um dos cabos da sua estrutura rompidos, na última sexta-feira (6), danificando a gigantesca antena parabólica utilizada na busca por vida inteligente em outros planetas. É a segunda vez que o equipamento sofre um acidente do tipo, em 2020.
De acordo com a Universidade da Flórida Central, responsável por gerenciar o segundo maior radiotelescópio do mundo, um dos 12 cabos principais de suporte quebrou e caiu no prato refletor abaixo. O acidente gerou danos à estrutura e aos cabos próximos, mas não deixou feridos.
Ainda não se sabe o que teria causado o rompimento de mais um cabo do observatório porto-riquenho. Suspeita-se que a quebra aconteceu devido à carga extra carregada pelos cabos desde agosto, quando ocorreu outro problema semelhante, resultando em um corte de aproximadamente 30 metros na antena.
O radiotelescópio já não funcionava desde a primeira quebra. E com esse novo acidente, o acesso à área foi limitado, liberando a entrada apenas para os profissionais que vão trabalhar nos reparos — as medidas iniciais incluem a redução da tensão nos demais cabos e a instalação de reforços de aço na estrutura.
Como os dois cabos rompidos estavam conectados à mesma torre de suporte, os engenheiros temem uma possível reação em cadeia, gerando falhas em outras partes da estrutura. Para evitar que isso aconteça e cause um colapso na plataforma, foram encomendados dois novos cabos.
Os reparos da primeira quebra estavam previstos para iniciar na segunda quinzena de novembro. Mas com o novo acidente, os administradores vão precisar fazer um novo planejamento, incluindo os custos adicionais, ainda não estimados.
Inaugurado na década de 1960, o Observatório de Arecibo é a casa de um dos telescópios mais poderosos do planeta, utilizado por cientistas de todo o mundo para pesquisas atmosféricas, planetárias e de radioastronomia.
Este equipamento também é a principal ferramenta na busca por tecnologia alien, sendo capaz de captar e enviar sinais para o espaço, além de fazer parte do Programa de Observação de Objetos Próximos à Terra, da NASA.