Artes/cultura
19/11/2020 às 06:00•2 min de leitura
A única girafa-branca conhecida no mundo acaba de receber um dispositivo de rastreamento por GPS para ajudá-la a se proteger das ações de caçadores em Nairobi, no Quênia. Apesar da sua existência única e beirando a extinção da espécie, as autoridades locais afirmam que o macho solitário ainda não possui um nome.
Em declaração oficial publicada na última terça-feira (17), o Ishaqbini Hirola Community Conservancy, um dos institutos de preservação da vida selvagem no país, explicou as consequência que levaram este ser o último espécie de girafas-brancas no mundo. Em março, um grupo de caçadores abateu uma fêmea e seu filhote, consolidando o fim iminente da espécie.
A expressiva coloração branca desta espécie de girafas é ocasionada por uma mutação genética rara chamada de leucismo, cuja principal característica é a falta de pigmentação em partes do corpo de um animal. Por conta dessa particularidade genética, animais que normalmente são coloridos ganham um casaco de pele esbranquiçado.
Essa característica, apesar de muito bela e especial, também acaba sendo muito perigosa para a grande parte dos animais selvagens. Isso porque uma girafa-branca pode ser muito mais facilmente localizada por caçadores e predadores em meio à região árida das savanas, sobretudo nas fronteiras do Quênia com a Somália.
Sendo assim, o localizador GPS anexado aos chifres da criatura servem como uma medida de proteção. A cada hora, o aparelho fornecer a localização exata do espécime e alertar os patrulheiros ambientais sobre quais áreas da savana precisarão serem vistoriadas no momento.
Apesar da coloração da pele das girafas-brancas ser comumente associada com o albinismo, essa não é uma afirmação verídica. Isso porque, como citado anteriormente, essa espécie sofre de leucismo, que possui características bem diferentes do albinismo.
Enquanto o último é utilizado para descrever a total ausência de pigmentação no corpo, o primeiro é marcado por uma falta de pigmentação parcial. Dessa forma, uma criatura com essa mutação genética pode ter partes do corpo esbranquiçados, mas ter órgãos, como os olhos, de coloração mais escura.
Além disso, portadores de leucismo podem ser expostos ao Sol sem nenhum problema, ao contrário de casos de albinismo. Essa é uma mutação que afeta outras espécies na natureza, mas é especialmente rara entre as girafas — fator que torna o último indivíduo vivo ainda mais especial.