Artes/cultura
13/12/2020 às 08:30•1 min de leitura
Recentemente, cientistas levaram aranhas para a Estação Espacial Internacional, a fim de estudar seu comportamento em ambientes de gravidade zero. Especificamente, um dos focos do estudo era entender como ficaria a produção de suas teias, longe do seu habitat natural. De acordo com o estudo, publicado na última quinta-feira (3) no site Springer, elas se adaptaram muito bem.
As pequenas aranhas conseguem produzir teias seguindo a orientação de fontes luminosas, continuando ainda mais simétricas sem a presença da gravidade. Apesar de bastante inusitada, essa não seria a primeira tentativa de levar aracnídeos para o espaço.
Em 2008, após algumas aranhas escaparem e se unirem em uma pequena gaiola, a produção de teia acabou as isolando das moscas que serviriam para alimentá-las. Em pouco tempo, a população de moscas cresceu tanto que era impossível observar seu interior.
As aranhas parecem ter uma espécie de “plano-b” para situações como esta. Tipicamente, elas constroem os pontos principais das teias na parte principal superior, para facilitar sua descida até a presa capturada no centro. Sem a gravidade, as aranhas se mantiveram simétricas ao redor da lâmpada presente no ambiente construído para elas, indicando que elas também são capazes de usar fontes luminosas, como a lâmpada ou o Sol, para continuar seu trabalho.
Samuel Zschokke, coautor do estudo, comenta: “Parece surpreendente que as aranhas tenham um sistema de backup para orientação como este, uma vez que nunca foram expostas a um ambiente sem gravidade durante sua evolução.” Veja mais detalhes no vídeo abaixo:
Astronautas levam aranhas para Estação Espacial Internacional via Tecmundo