Ciência
18/12/2020 às 12:00•1 min de leitura
Em uma conferência virtual de arqueologia realizada recentemente pela Universidade de Nova York, o arqueólogo Rami Arav, diretor do projeto Betsaida, em Israel, falou de dois esqueletos de mais de 3 mil anos, encontrados lado a lado, na posição de “conchinha”, e que estão sendo chamados nas redes sociais de “Romeu e Julieta”.
A proximidade dos corpos, com o braço do homem sobre o corpo da mulher, levou os pesquisadores a admitir que o casal morreu ao mesmo tempo, embora não tenham a ideia da “causa mortis”. “É muito, muito raro encontrar um casal como esse”, afirmou Arav, que é também professor de estudos religiosos da Universidade de Nebraska Omaha.
A idade com que os dois morreram é mais um bom motivo para chamá-los de Romeu e Julieta, pois o rapaz estava no final da adolescência e a moça, no início ou na pré-adolescência, exatamente como os amantes de Verona. Arav explicou ao site Live Science que, se não morreram ao mesmo tempo, pelo menos foram enterrados juntos, antes que começasse a decomposição dos corpos.
Apesar de encontrados numa posição íntima na sua sepultura, os arqueólogos não são capazes de dizer se se tratava de um casal de amantes, porém quem os enterrou colocou-os nessa posição carinhosa talvez por conhecer sua história.
As escavações em Betsaida tiveram início em 1987, e os esqueletos de Romeu e Julieta são os mais antigos do sítio arqueológico, onde foram descobertos há cerca de dez anos.