Artes/cultura
17/03/2022 às 02:00•3 min de leitura
Quando o cérebro humano se reorganiza para aprender algo novo ou é sujeito a novas experiências que têm o poder de o afetar e moldar, este está exercendo o que chamamos de neuroplasticidade. A neuroplasticidade pode ser entendida como uma forma de estímulo cerebral benéfica para os tecidos neurais.
A neuroplasticidade cerebral promovida mediante o processo de aprendizagem condiciona não apenas uma boa saúde mental, como também diminui os danos de doenças que atacam as células neuronais. Logo, exercitar o cérebro permite ampliar e melhorar a forma dos neurônios, promovendo resultados benéficos para a saúde ao longo da vida e diminuindo as chances de desenvolver doenças neurológicas. Dentre os benefícios promovidos por esta técnica, está a multiplicação das células gliais que dão suporte ao funcionamento do órgão e prevenção contra agentes nocivos.
Um dos exemplos que podemos tomar em consideração é a pandemia que vivemos nos últimos dois anos. A proteína da covid-19 se acopla aos astrócitos, que são células gliais que dão suporte aos neurônios. Elas possuem as mais diversas funções, entre elas estão proteção e nutrição neural. O coronavírus prejudica o funcionamento dos astrócitos e consequentemente desencadeia perda de memória. Portanto, exercer a neuroplasticidade e fortalecer a saúde desses tecidos é um cuidado preventivo para os males do vírus.
Há vários exemplos que nos provam que quanto mais pusermos o nosso cérebro para trabalhar aliando outras mudanças de hábitos conseguimos ter um cérebro mais saudável e melhor preparado. Não devemos esquecer que o cérebro é plástico e pode sempre melhorar.
Um estudo feito pela cientista Marian Diamond constatou que Einstein tinha mais células gliais por neurônio que a maioria das pessoas, fator relacionado com a sua inteligência. Portanto, as pessoas mais inteligentes têm neurônios maiores e podem ter mais células gliais para que consigam um melhor suporte.
Além disso, como referido acima existem pequenos hábitos que podem fazer toda a diferença para o desenvolvimento do cérebro através da neuroplasticidade.
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Fabiano de Abreu Agrela Rodrigues, colunista do Mega Curioso, é PhD em Neurociências; doutor e mestre em Ciências da Saúde nas áreas de Psicologia e Neurociências; mestre em Psicologia; mestre em Psicanálise com formações em neuropsicologia, licenciado em Biologia e em História, tecnólogo em antropologia, pós-graduado em Programação Neurolinguística, Neurociência Aplicada à Aprendizagem, Psicologia Existencial Humanista e Fenomenológica, MBA, autorrealização, propósito e sentido, filósofo, jornalista, especializado em programação em Python, Inteligência Artificial e tem formação profissional em Nutrição Clínica. Atualmente, é diretor do Centro de Pesquisas e Análises Heráclito; Membro ativo da Redilat — La Red de Investigadores Latinoamericanos; Chefe do Departamento de Ciências e Tecnologia da Logos University International, Professor e investigador cientista na Universidad Santander de México, diretor da MF Press Global, membro da Sociedade Brasileira de Neurociências e da Society for Neuroscience, maior sociedade de neurociências do mundo, nos Estados Unidos. Membro da FENS, Federação Europeia de Neurociências; Membro da Mensa International, Intertel e Triple Nine Society (TNS), associação e sociedades de pessoas de alto QI, esta última TNS, a mais restrita do mundo; especialista em estudos sobre comportamento humano e inteligência com mais de 100 estudos publicados.