Estilo de vida
30/03/2022 às 10:00•3 min de leitura
Admirada, sinônimo de praia e oceanos, a estrela-do-mar é um animal marinho inofensivo e misterioso. Com cerca de 2 mil espécies diferentes, podemos encontrá-la em uma variedade de cores, formas e tamanhos, ainda que a maioria delas possua cinco braços.
Viajando os oceanos utilizando seus pés tubulares, essas criaturas marinhas guardam a incrível capacidade de regenerar membros perdidos, além de um sistema digestivo bastante curioso. Confira no restante do texto outras coisas que você talvez não saiba sobre esse fascinante animal.
(Fonte: Pexels)
Tem mar no nome, é encontrada nos oceanos, um de seus nomes em inglês remete ao animal aquático (starfish), mas a estrela-do-mar não é um peixe, já que lhe faltam uma série de características típicas. Sem nadadeiras ou caudas para se mover ou impulsionar, elas se movimentam utilizando pés ambulacrários, cujo movimento se assemelha bastante ao caminhar.
Também não possuem brânquias, escamas ou barbatanas, sendo essa última ausência motivo de incômodo entre os cientistas em relação ao nome em inglês, starfish, preferindo que se utilize a versão traduzida do nome em português, sea star.
(Fonte: Reprodução/Vancouver Aquarium)
A alimentação da estrela-do-mar ocorre a partir da entrada no centro de seu corpo, como se fosse uma espécie de boca. Nosso animal marinho posiciona essa parte de sua estrutura em cima da presa e começa a ingeri-la. Dali, o alimento passa pelo esôfago e por dois estômagos.
Além dessa característica, é interessante que a primeira parte do processo digestivo ocorre fora, no chamado "estômago cardíaco", que libera enzimas digestivas. Quando a carne do alimento é quebrada o suficiente, o outro estômago, conhecido como pilórico, engole e completa a digestão internamente.
(Fonte: Reprodução/NOAA)
Ao olhar esse animal marinho, pode ser que você tenha a impressão que se trata de um ser herbívoro e inofensivo. Sinto lhe decepcionar, pois a estrela-do-mar é um ser carnívoro de perfil insaciável.
Sua dieta é composta, prioritariamente, de organismos como corais, esponjas, moluscos e algas. Entretanto, há relatos de que algumas espécies podem incluir seus pares no cardápio, ainda que a ciência não tenha determinado, ainda, se isso é casual ou não.
(Fonte: Pexels)
A imagem mais vista quando o assunto são estrelas-do-mar é a de um animal com cinco braços. Embora seja o mais comum, alguns podem possuir até 50 braços. Existem milhares de espécies no oceano, muitas delas com 10 e 20 membros.
A estrela-do-mar-sol, por exemplo, possui um corpo robusta e repleto de membros, bem diferente da espécie clássica a qual estamos acostumados.
(Fonte: Reprodução/Sporcle)
Vivendo em climas frios e quentes mundo afora, é possível encontrar aproximadamente 2 mil espécies de estrelas-do-mar. Vivem desde a costa até as profundezas abissais e habitam apenas as águas salgadas.
Sua incidência é maior nas zonas Indo-Pacíficas e tropicais. Apesar da quantidade, existem características bem definidas que as mantêm na mesma família, a de equinodermos: são invertebradas, possuem sistema esquelético, tegumento, simetria e sistema ambulacrário.
(Fonte: Reprodução/Phys)
Uma estrela-do-mar não possui cabeça, consequentemente, também não tem cérebro, sendo que todos os movimentos dela são gerados pelo instinto. Outra característica desse animal marinho é a ausência de sangue: seu sistema circulatório é composto de água do mar. Ela usa a água marinha filtrada para bombear nutrientes através de seu sistema nervoso.
A água é bombeada para o sistema vascular da estrela-do-mar através de sua placa de peneira, uma espécie de alçapão, semelhante a uma mancha clara no topo de seu corpo. Dali, a água do mar passa para os pés tubulares, fazendo os braços se estenderem. A retração dos membros é feita pelos músculos dentro desses pés.
(Fonte: Reprodução/CMKL University)
Não são super-heróis, mas nosso estrelado personagem possui a capacidade de regenerar partes de seu corpo. Isso ocorre porque a maior parte dos órgãos vitais de uma estrela-do-mar está alojada em seus braços.
As perdas ocorrem, em geral, quando são feridas por um predador, mas também podem ser frutos da ação humana, infelizmente. Apesar de ser fantástico a possibilidade que tornem a ficar completas, o processo regenerativo não é rápido, levando cerca de um ano para que o membro volte a crescer.