Estilo de vida
13/07/2022 às 15:00•3 min de leitura
A ciência é fundamental à humanidade. Nossos avanços nos mais diferentes campos da vida têm relação direta com o trabalho e a pesquisa de cientistas dedicados. Contudo, uma vez ou outra alguém fora da casinha aparece e transcende os limites entre a genialidade e a loucura.
Não são poucos os casos de cientistas que perderam o bom senso e apelaram para métodos cruéis, ou mesmo perderam o rumo e enlouqueceram com suas pesquisas. E neste artigo nós vamos mostrar a vocês as histórias dos 6 cientistas mais malucos que o mundo já teve o prazer (ou desprazer) de conhecer. Confira.
Ilya Ivanovich Ivanov foi o cientista que tentou criar o "chimpanzomem", um cruzamento de seres humanos e primatas. Mas o biólogo soviético não fez isso escondido em um laboratório secreto: ele teve a permissão de Stalin para a empreitada. Parece roteiro de filme (ruim) de terror, mas é só um dos mais malucos cientistas da história humana.
Os documentos que revelaram essa tentativa insana de criar homens-macacos foram descobertos apenas em 2005, e mostraram que Ilya Ivanovich Ivanov projetava criar um ser híbrido invencível, resistente à dor e à fome, capaz de levar a União Soviética à liderança global. Loucura em estado puro.
Johann Conrad Dippel tem o singelo apelido de "Doutor Frankenstein" e ninguém com uma alcunha dessa deve ter sido uma pessoa muito sã. Residiu no Castelo Frankenstein, no topo das colinas de Darmstadt, Alemanha, que serviu de inspiração para Mary Shelley escrever o clássico do romance gótico do século XIX.
Lá, Dippel fez todo tipo de experimentos envolvendo pele animal, sangue e chifres para a produção de elixires - era o ápice da alquimia. Porém, seu maior desejo era o de ser capaz de transplantar almas e, para tal, cadáveres que mandou roubar de túmulos. Sua falta de ética lhe rendeu a inspiração para a literatura, mas foi apenas isso mesmo.
Formado em psicologia, Carney Landis foi um pesquisador científico que mirou seus estudos para as emoções humanas. A intenção inicial de sua pesquisa era identificar e associar gatilhos (ou seja, comportamentos) com as reações do corpo humano. Acontece que para obter resultados, Landis se mostrou um cientista maluco e um psicólogo muito antiético.
Ele fotografava os participantes do estudo realizando atos diversos, muitos deles bizarros e asquerosos, como enfiar a mão em baldes com sapos, e outros perigosos, como tomar choque em fios desencapados. Os registros indicam que a maior parte dos envolvidos sofreu traumas com os experimentos sádicos.
Giovanni Aldini desenvolveu estudos em que acreditava ser capaz de trazer os mortos de volta à vida. Ele levava essa teoria tão a sério que montou um tipo de "Show de Horrores" em Londres, no início do século XIX. No espetáculo, ele dava choques elétricos em cabeças e troncos de vacas, cavalos, ovelhas e cachorros.
Os pontos de contato dos corpos com o choque fazia com que estas partes se movimentassem, dando a sensação de vida. Foi encarado como excêntrico, meio doido, mas deram um indicativo de que a eletricidade poderia vir a ter um papel importante na ciência.
Paracelso é a alcunha pela qual Phillipus Aureolus Theophrastus Bambastus von Hohenheim ficou conhecido - convenhamos, a alcunha é bem mais fácil de lembrar. Ele foi um médico e alquimista de grande relevância, mas também um pouco fora da casinha.
Uma de suas teorias era a de que dentro do esperma haveria um ser humano minúsculo, porém formado, que só precisava de uma incubação correta para se desenvolver. Segundo ele, com uma receita e 40 dias era possível construir um humano do zero. Precisamos dizer que ele nunca provou sua teoria?
William Buckland é um dos mais notáveis e respeitados geólogos e paleontólogos da história britânica, mas há elementos de sua personalidade que, talvez, chamem mais a atenção do que sua genialidade científica. Seu peculiar paladar, adepto do consumo das mais variadas iguarias, fez dele uma figura excêntrica entre os cientistas.
Filhotes de animais, cangurus, lesmas, é difícil imaginar algo ingrediente que Buckland não estivesse disposto a experimentar. Duvida? Pois durante um jantar do qual era convidado, o cientista maluco não se fez de rogado: deu uma bela mordida no coração mumificado do rei Luís XI da França. O cientista inglês se tornou o homem doido que comeu o coração de um rei.