4 fascinantes animais 'imortais' que intrigam a ciência

13/08/2022 às 10:002 min de leitura

Os seres humanos podem até ser os animais mais desenvolvidos caminhando pela face da Terra, mas estamos longe de sermos perfeitos. Uma de nossas principais falhas, sem dúvidas, é a curta expectativa de vida — o que, por sua vez, nos deixa fascinados pela ideia da imortalidade.

Algo interessante de se observar é que, ao longo dos anos, cientistas descobriram algumas espetaculares espécies vivendo nas profundezas do mar, lagos ou riachos, capazes de viver para sempre. Estas criaturas conseguem, de alguma forma, evitar o envelhecimento e escapar das garras da morte.

Seja renovando suas células ou reiniciando o próprio ciclo de vida, confira quatro animais submarinos imortais, ou quase, cujos organismos incríveis fascinam cientistas há décadas.

1. Hidras

(Fonte: micro_photo/Getty Images)(Fonte: micro_photo/Getty Images)

Com incríveis poderes regenerativos, a hidra é um invertebrado de água doce que pode recriar partes de seu corpo. Este ser, cuja aparência lembra algo saído direto de um filme sobre alienígenas, usa seus tentáculos para atacar pequenas presas, como vermes, crustáceos e outros invertebrados menores. 

Capazes de renovar automaticamente suas células-tronco, as hidras têm um imenso potencial de imortalidade, com diversos grupos não demonstrando indícios de envelhecimento.

Em 2018, cientistas propuseram que as hidras conseguiriam controlar e reprimir para sempre os chamados "genes saltadores", capazes de saltar entre partes do genoma. Humanos jovens também conseguem controlar estes genes, mas perdemos a habilidade conforme vamos envelhecendo.

2. Planárias

(Fonte: Sinhyu/Getty Images)(Fonte: Sinhyu/Getty Images)

Se você achou que a criatura anterior era incrível, te apresento as planárias: também de água doce, são um tipo de verme platelminto com a assombrosa capacidade de regenerar suas células-tronco infinitamente.

Divididas entre sexuados e assexuados, cientistas da Universidade de Nottingham descobriram que a variante capaz de se reproduzir individualmente consegue renovar suas células de maneira ilimitada. Assim, as planárias são capazes de, digamos, rejuvenescer.

Diferente dos humanos e da maioria dos animais, cujo DNA perde a capacidade de dividir células em certo ponto da vida e começam a envelhecer, as células das planárias não sofrem com este problema. Isto ocorre devido a uma enzima presente em seu organismo que consegue proteger as células do processo de deterioração.

3. Turritopsis dohrnii

(Fonte: Duangkamon Panyapatiphan/Getty Images)(Fonte: Duangkamon Panyapatiphan/Getty Images)

Também conhecida como "água-viva imortal", a Turritopsis dohrnii vive no fundo dos mares. Pequenina, sua dieta é composta basicamente de plâncton, moluscos de tamanhos reduzidos e ovas de peixe.

Mas o que ela tem de especial? Cientistas descobriram que esta água-viva tem a impressionante capacidade de reiniciar seu ciclo de vida, voltando a uma fase anterior de seu desenvolvimento e virando um simples pólipo. Imagine, por exemplo, que uma borboleta pudesse voltar a ser lagarta dentro casulo ou que uma moscar voltasse a ser apenas uma larvinha. É quase como se a criatura pressionasse o botão de "reset" do próprio corpo.

Para tornar tudo ainda mais espetacular, ao tornar-se um pólipo novamente, a Turritopsis dohrnii consegue criar novos seres com o seu código genético, basicamente criando clones de si própria. 

4. Lagostas

(Fonte: Quentin DV Lieval/Getty Images)(Fonte: Quentin DV Lieval/Getty Images)

Por último estão as lagostas. Habitando o fundo do mar, estes crustáceos têm a habilidade de permanecer "jovens" por muito, muito tempo — mas não são exatamente imortais. Cientistas especulam que o organismo da lagosta consiga criar um fluxo infinito de uma enzina chamada telomerase, que impediria o envelhecimento das células e, por tabela, manteria o crustáceo sempre "jovem".

Existe, claro, um porém: seu próprio metabolismo impede a lagosta de ser "imortal". Acontece que o crescimento do animal continua acontecendo, mas seu exoesqueleto não muda de tamanho, forçando a lagosta a deixar sua "armadura" para trás e criar uma totalmente nova.

Além disso, com o passar dos anos, seu corpo exige mais e mais energia para continuar crescendo e se desenvolvendo, o que leva o animal a morrer de exaustão. Além disso, é claro, existem os predadores que podem aproveitar o período em que a lagosta deixa seu exoesqueleto para atacar a presa em um momento de vulnerabilidade, acabando com sua vida.

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