Estilo de vida
11/09/2022 às 11:00•2 min de leitura
Cada espécie de ser vivo no planeta enxerga o mundo de uma maneira diferente. Enquanto as criaturas que não possuem olhos são capazes de reagir aos ambientes através de outros sentidos — como os girassóis, que acompanham o movimento do Sol —, os animais podem perceber o mundo através da visão. Mas ela pode variar muito entre as espécies.
Os gatos, que enxergam muito bem durante a noite, têm a vista bastante embaçada de dia. Escorpiões mal conseguem diferenciar entre escuridão e luz. As águias têm uma visão em 360º, além de enxergarem mais cores que nós.
A diversidade de visão no reino animal é gigantesca, e abaixo nós apresentamos como quatro espécies enxergam. Lembrando que as imagens são apenas uma referência, adaptadas da nossa própria visão. Confira!
(Fonte: Google Arts & Culture/Reprodução)
As libélulas estão entre os predadores mais eficientes do planeta, e parte disso se deve à maneira como enxergam o mundo. A começar pelos seus olhos compostos e multidirecionais que, além de permitir que elas enxerguem em 360º, faz com que também tenham uma noção muito mais detalhada do mundo ao seu redor. Enquanto as moscas-domésticas têm 6.000 olhos compostos, as libélulas podem ter até 30.000.
Outra característica da visão das libélulas são os 30 fotorreceptores — humanos possuem apenas 3: vermelho, azul e verde — que permitem com que elas enxerguem cores que nós humanos nem imaginamos. Elas também são capazes de enxergar luz ultravioleta e possuem visão em câmera lenta, duas características muito úteis na hora de caçar.
(Fonte: Google Arts & Culture/Reprodução)
Ainda hoje é difícil saber exatamente o quão detalhada é a visão dos golfinhos — assim como dos demais cetáceos. Porém, sabe-se muito bem que eles utilizam a ecolocalização para auxiliá-los. De maneira bem resumida, os golfinhos emitem um ruído, que ao bater nas superfícies ao seu redor, retorna para o animal e permite que eles traduzam o som em uma imagem 3D.
Isso faz com que eles, literalmente, vejam o som. Os golfinhos conseguem enxergar bem fora da água e em lugares bem iluminados com água limpa. Porém, debaixo dá água turva, mesmo que sua visão seja limitada, eles conseguem saber como é o ambiente através da ecolocalização. Ela é tão precisa que é possível saber se existe uma caverna próxima e o que há dentro dela.
(Fonte: Google Arts & Culture/Reprodução)
Se os golfinhos enxergam pelo som, os cães enxergam pelo cheiro. O olfato é o sentido mais aguçado nesses animais, e é através dele que eles se orientam e se baseiam. Enquanto seus olhos possuem apenas dois fotorreceptores — azul e amarelo —, seu focinho tem mais de 300 milhões de receptores olfativos — o nosso tem apenas 6 milhões.
Assim, esses animais conseguem sentir o cheiro de presas a longas distâncias. Além disso, o olfato é uma importante maneira de comunicação para eles. Ao sentir o cheiro da urina de outro cão, eles conseguem saber sua idade, sexo, se foram castrados, seus níveis de estresse e até mesmo sua posição social.
(Fonte: Google Arts & Culture/Reprodução)
A maneira como as cobras enxergam o mundo ainda é discutida entre os pesquisadores. Além disso, a visão desses animais varia muito entre as espécies. Enquanto algumas só podem detectar luz, escuridão e movimento, outras têm uma visão bastante aguçada. Porém, além da visão, diversas espécies possuem um órgão chamado fosseta loreal, um termorreceptor que permite detectar variações de temperatura.
Presente em víboras, pítons e algumas jiboias, esse órgão localizado no nariz das cobras permite que elas vejam o calor do corpo das suas presas. Porém, não há uma conexão direta entre eles e os olhos, o que significa que este termorreceptor auxilia as cobras na hora de caçar ou se proteger. E eles são tão sensíveis que, mesmo com olhos vendados, cobras cuspidoras ainda podem mirar veneno nos olhos de um humano.