Artes/cultura
03/02/2023 às 02:00•2 min de leitura
A maioria das pessoas tem a noção de que os olhos castanhos são os mais comuns ao redor do mundo, mas acaba não sendo tão óbvio qual cor é a mais rara em nossa espécie. Embora muitos achem os olhos azuis mais atraentes ou incomuns, esse é a segunda cor mais encontrada nos humanos.
De acordo com a Academia Americana de Oftalmologia (AAO), a cor mais rara encontrada, no geral, é o verde, que aparece apenas em 2% dos olhos da população mundial. O interessante é que o motivo para essa raridade não é tão simples, pelo menos é o que diz a Dra. Julie Kaplan, que trabalha em uma clínica especializada em cuidados genéticos no estado de Cleveland, nos Estados Unidos.
Segundo a médica, antigamente se acreditava que um único gene determinava a cor de nossos olhos, mas que a verdade se mostrou mais complicada que isso ao longo dos anos. Agora se sabe que 75% do que constitui essa cor se deve a um gene conhecido como OCA2, que faz a melanina, a substância que produz a pigmentação da nossa pele, cabelo e, é claro, dos olhos.
Apesar dos olhos azuis fazerem mais sucesso, são os verdes que possuem uma grande raridade. (Fonte: Shutterstock)
Basicamente, se você tiver duas cópias não funcionais dos genes OCA2 dos seus pais, há grandes chances de ter olhos azuis, mas se tiver pelo menos uma cópia funcional, os olhos serão mais escuros, sejam eles no tom verde, castanho ou avelã. É claro que há outros fatores que podem ajudar a definir a cor dos olhos de alguém, o que torna muito difícil de prever esse traço, que não pode ser alterado nem com procedimentos estéticos.
Outro dado interessante é que muitos cientistas acreditam que há pelo menos 10 mil anos, todos os humanos tinham exclusivamente olhos castanhos. Essa era uma proteção importante contra os efeitos negativos dos raios solares no continente africano e asiático. Já a parte da população que se locomoveu para regiões mais frias da Europa não teriam a mesma necessidade, o que pode ter causado a mutação genética que possibilitou uma produção menor da melanina, resultando em peles mais pálidas e cabelos e olhos mais claros.