As 6 raças caninas menos inteligentes, porém adoráveis

Pesquisadores da faculdade de psicologia da UCLA desenvolveram nos anos 1990 uma escala de inteligência canina. O projeto, conduzido pelo professor Stanley Coren, autor do livro The Intelligence of Dogs, levou em consideração alguns fatores para avaliar as raças de cães.

Ele analisou a inteligência adaptativa (capacidade de resolver problemas e aprender com tentativa e erro), a inteligência instintiva (capacidade de fazer atividades paras as quais foi criado) e a obediência e inteligência de trabalho (que é a capacidade de aprender comandos humanos).

A partir da metodologia criada pelo pesquisador, foi possível elencar as raças de cães. O que não estava no horizonte do cientista era que os cachorros considerados menos inteligentes pudessem ser tão fofinhos. Duvida disso? Então confira essa lista.

Galgo Afegão

(Fonte: Wikimedia Commons)

Esse cão que parece um elfo saído de O Senhor dos Anéis é um dos cachorros mais caros do mundo. No entanto, apesar de sua beleza (e jeitinho de meme no Twitter), o Galgo Afegão é uma das raças caninas com o QI mais baixo, segundo a pesquisa de Coren.

Conhecido pela independência e obstinação, o Galgo Afegão não se interessa muito em aprender comandos, preferindo brincar com outros filhotes ou se entreter com humanos, especialmente crianças. Há quem diga que um cachorro brincalhão é mais legal do que um cão conhecedor de truques, e não podemos dizer que estas pessoas estão erradas.

Basenji

(Fonte: Wikimedia Commons)

Outro cãozinho com baixo QI, o Basenji também é uma raça pouco interessada em treinamento e interações voltadas à obediência. Ele não late para chamar atenção, o que faz dessa raça uma das mais silenciosas.

Seu perfil é de um cão independente, que especialistas costumam chamar de "o cachorro mais gato de todos", no sentido de ter personalidade semelhante ao felino. Ou seja, talvez ele nem seja "burro", apenas se interessa mais por ficar na dele.

Buldogue Inglês

(Fonte: Wikimedia Commons)

Quem vê a carinha de um Buldogue Inglês não vê o seu resultado na pesquisa de Coren. Ele é a terceira raça com menos QI entre todas. O que não se pode afirmar é que um cachorro desses não seja meigo e dócil, sendo uma das menos propensas a morder - o que o torna favorito entre famílias com crianças pequenas.

Os pesquisadores afirmam que o perfil preguiçoso pode explicar a baixa disposição ao aprendizado de comandos. Donos que só "ensinam" seus filhotes a serem fofos vão dizer que isso é fake news.

Chow-Chow

(Fonte: Wikimedia Commons)

Conhecido popularmente como o "cachorro de língua azul", o Chow-Chow é uma raça grande e peluda, que muitos afirmam lembrar um leão. É difícil concordar com a comparação, já que estamos diante da quarta raça com menor QI, segundo o estudo de Coren.

Parte considerável do baixo resultado do Chow-Chow está relacionado com o fato de serem difíceis para treinar, especialmente demonstrando grande desinteresse em assimilar comandos humanos.

Borzoi

(Fonte: Wikimedia Commons)

Poucos cães são tão velozes quanto um Borzoi, mas poucas raças caninas têm o QI mais baixo do que eles, segundo a pesquisa de Stanley Coren. O cientista explica que, embora seja necessário bastante estímulo mental para atingir altas velocidades, o Borzoi é conhecido por ser um animal difícil de ser treinado e bastante teimoso.

Sua posição mais acima na tabela ocorre porque são muito talentosos em caçar, mas você não deve esperar que um cachorro desses lhe dê a patinha quando solicitado. A chance é próxima de zero.

6. Cão-de-Santo-Humberto

(Fonte: Wikimedia Commons)

A cara de cachorro triste, com orelhonas caindo nas laterais, esconde que o Cão-de-Santo-Humberto integra uma raça antiga de conhecidos caçadores. Ainda assim, seu perfil dócil e afetuoso e a boa atuação no que se espera da raça (caçador) não o tornam dos cães mais inteligentes.

Na lista definida por Coren, ele se enquadra no perfil dos animais menos interessados em aprender comandos. Outro detalhe apontado pelo pesquisador é que, a não ser que esteja empenhado em uma caça, seus talentos (sabidamente, o bom olfato e a visão aguçada) não são utilizados, tornando-o uma raça mais inclinada a parecer distraída e desinteressada.