Estilo de vida
22/06/2023 às 10:00•2 min de leitura
O processo de decomposição do corpo humano é formado por etapas bem definidas, onde a presença de microrganismos possui um papel fundamental. No entanto, em algumas situações extremas, como quando o óbito ocorre dentro de um submarino a grandes profundidades, esse processo pode ser afetado.
Normalmente, o processo de decomposição humana inicia-se logo após o falecimento, com a parada do suprimento de oxigênio para as células. As bactérias intestinais começam a se proliferar, levando à putrefação do corpo. O estágio inicial é marcado pela palidez da pele e pelo resfriamento do corpo, posteriormente, ocorrem alterações de coloração, formação de gases e aparecimento de odores característicos. Os tecidos moles se desintegram gradualmente, até que restem apenas ossos e cabelos.
(Fonte: Getty Images / Reprodução)
No entanto, no caso da morte ocorrer um em ambiente ou circunstâncias inóspitas, diversos fatores importantes que contribuem para o processo de decomposição podem ser eliminados, o que pode atrasar bastante o processo.
Por exemplo: no caso do óbito dentro de um submarino, invariavelmente, o oxigênio irá acabar em determinado momento, o que irá dificultar a ação das bactérias na decomposição do corpo. Além disso, a depender da profundidade onde o submersível está, ele também pode se encontrar em temperaturas muito baixas, o que também colaboraria para a preservação dos tecidos do corpo.
(Fonte: Getty Images / Reprodução)
Mas além desses fatores, existem variáveis que também podem afetar a decomposição do corpo, como, no caso de rompimento, a alta pressão a qual os corpos estariam expostos em grandes profundidades, que poderia acelerar esse processo, bem como o contato com o inóspito ambiente externo.
O estado exato do corpo após um ano dependeria de muitos fatores, incluindo temperatura, umidade e exposição à luz. Em alguns casos, o corpo pode estar parcial ou totalmente esqueletizado, enquanto em outros pode estar em avançado estado de decomposição, com alguns tecidos ainda presentes. Porém, em condições tão singulares, não há como determinar exatamente a combinação de fatores que podem convergir para determinada situação.
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Fabiano de Abreu Agrela Rodrigues, colunista do Mega Curioso, é PhD em Neurociências, mestre em Psicologia, pós-graduado em Neuropsicologia entre outras pós-graduações, licenciado em Biologia e em História, tecnólogo em Antropologia, jornalista, especializado em programação Python, Inteligência Artificial e tem formação profissional em Nutrição Clínica. Atualmente, é diretor do Centro de Pesquisas e Análises Heráclito; membro ativo da Redilat; chefe do Departamento de Ciências e Tecnologia da Logos University International, cientista no Hospital Martin Dockweiler, e professor e investigador cientista na Universidad Santander.