Artes/cultura
30/07/2023 às 10:00•2 min de leitura
Embora a menstruação pareça ser um aspecto bastante peculiar das mulheres humanas, algumas espécies na natureza surpreendentemente também possuem um ciclo menstrual. Contudo, é comum que algumas dessas criaturas não eliminem o antigo revestimento do útero, o reabsorvendo para o próximo ciclo.
As razões por trás dessas estratégias de sobrevivência ainda não são exatamente claras entre os cientistas, mas parecem ser efetivas. Além disso, animais que menstruam, ao contrário daqueles que reabsorvem o revestimento do útero, tendem a copular durante todo o seu ciclo reprodutivo e não apenas na época de ovulação. Saiba sobre quais espécies nós estamos falando!
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Na natureza, os animais mais conhecidos por menstruar são os primatas. Além dos humanos, esse é um fenômeno natural comum entre símios, macacos do Velho Mundo, macacos do Novo Mundo e prossímios. Algumas criaturas envolvidas nesse processo são os chimpanzés, gorilas, babuínos, gibões, lêmures, társios e lóris.
No entanto, a menstruação é apenas parcialmente universal entre os primatas. Os lêmures, por exemplo, não menstruam totalmente, enquanto os társios possuem um ciclo menstrual fraco. Entre os grandes macacos, os ciclos menstruais são mais definidos, porém, mais longos do que os dos seres humanos.
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No mundo inteiro, existe apenas um único roedor capaz de menstruar: o rato espinhoso do Cairo. Esse minúsculo roedor nativo da África tem características semelhantes a outros mamíferos com ciclos menstruais. Estudos mostram que esses ratinhos exibem um breve ciclo menstrual, com duração média de 8 a 9 dias.
Dentro desse ciclo, as fêmeas apresentam sangramento de três dias, em média. Assim como outros mamíferos menstruadores, o rato espinhoso do Cairo experimenta as mesmas mudanças hormonais que ocorrem no corpo das fêmeas durante o ciclo completo.
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Você pode até argumentar que morcegos são ratos voadores, mas não é assim que as coisas funcionam. De qualquer forma, poucas espécies de morcego realmente se assemelham ao rato espinhoso do Cairo por também possuírem seus próprios ciclos menstruais. Dentro das mais de 1,4 mil espécies de morcegos existentes no mundo, apenas quatro menstruam.
São elas: morcego-de-cauda-curta-de-Seba; morcego-de-língua-longa-de-Pallas; morcego-mastiff-preto; e o morcego-frutífero-selvagem. Observou-se que esses animais passam por um ciclo menstrual que dura entre 21 e 27 dias, com tempo de sangramento estimado de cinco dias.
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Apesar de também parecerem pequenos ratos, os musaranhos-elefantes são mamíferos de uma pequena ordem chamada Macroscelididae. Também chamado de musaranho-saltador ou sengi, esse animal é outro pequeno mamífero não primata que apresenta um ciclo reprodutivo bastante único.
Na natureza, a menstruação do musaranho-elefante não chega a ser um evento cíclico. O motivo? Não é toda hora que esse fenômeno biológico acontece e, caso aconteça, ele só ocorrerá no final da época de reprodução. Curiosamente, essas criaturas foram usadas em experimentos científicos na década de 1940 por pesquisadores que tentavam compreender melhor como funcionava a menstruação humana.
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As orcas, também chamadas de baleias assassinas, entram para essa lista não porque menstruam, mas por outro fenômeno biológico bastante comum entre as mulheres humanas: a menopausa. Em determinada fase de suas vidas, as baleias fêmeas simplesmente param de se reproduzir — algo bastante incomum entre animais em geral.
Porém, existe um bom motivo para isso. Orcas na menopausa emitem menos sinais para predadores, o que permite com que elas levem seus filhotes em segurança para áreas de forrageamento, garantindo a sobrevivência da espécie. Uma orca costuma entrar na menopausa por volta dos seus 40 anos, muito semelhante ao que acontece entre os humanos.