Como seria a vida dos cães se os humanos desaparecessem?

17/12/2023 às 09:002 min de leitura

Muita gente tem um apreço fortíssimo por seus cães, a ponto de tratá-los quase como filhos de verdade. Isso pode levar você a pensar: o que aconteceria com eles caso nós, seres humanos, desaparecêssemos da face da Terra?

A resposta a essa pergunta é bem interessante, e vai passar por uma análise do processo de domesticação dos cachorros.

A domesticação dos cães

(Fonte: Getty Images)(Fonte: Getty Images)

Os cães são a espécie que melhor foi domesticada no planeta Terra. Além disso, eles passaram por processos evolutivos, muitas vezes comandados pelas pessoas, que acabaram gerando raças únicas e bem diferentes entre si.

Inicialmente, os cachorros foram domesticados por razões funcionais: eles passaram a ser condicionados para atividades que beneficiavam os humanos, como cuidar do rebanho, caçar e proteger o dono.

Além disso, especialistas também destacam o companheirismo com seus donos como outra característica da domesticação. Os criadores de cães tiveram um papel fundamental ao direcionarem o cruzamento das espécies também para cumprir este fim.

Como seria a vida dos cães sem os humanos?

(Fonte: Getty Images)(Fonte: Getty Images)

O primeiro aspecto a destacar aqui é que nós, seres humanos, direcionamos a evolução das raças dos cães priorizando aspectos que não necessariamente são bons para eles. Cães de cara achatada, como pugs e buldogues, sofrem bastante para respirar por conta de suas vias aéreas encurtadas. Já outras raças, como os chihuahuas, precisam de cesarianas para dar à luz, pois a cabeça do filhote não passa pela abertura pélvica da mãe.

Por isso, imaginar um mundo em que os cães viveriam sem os humanos é imaginar que eles aos poucos estariam livres dessa intervenção nas raças. Por isso, caso nós desaparecêssemos de repente, as raças que dependem muito dos humanos para sobreviver não se dariam bem.

Isso quer dizer que provavelmente 20% de todos os cães (o que corresponde basicamente à quantidade de cães domésticos, que vivem na casa das pessoas) iriam perecer. Isso faria sobrar os outros 80% dos cães que vivem livres, sem cuidadores.

Acontece que mesmo esses cães coexistem com os humanos, pois dependem os recursos produzidos por eles, como a comida que recebem ou pegam das lixeiras. Assim, cachorros que não tivessem instintos cruciais para a sobrevivência, como habilidade de caça e resistência a doenças, provavelmente morreriam aos poucos.

Os cães muito grandes ou muito pequenos estariam também em desvantagem, já que o tamanho impacta no seu consumo calórico, na regulação de sua temperatura corporal e na sua suscetibilidade a predadores.

É provável, aliás, que a seleção evolutiva fizesse surgir um tipo novo de cão, mais moldado pelo seu instinto de sobrevivência do que pelas necessidades e desejos humanos. Isso se dá também porque possivelmente as raças se cruzariam muito mais, o que geraria cães mais mistos e de aparência mais uniforme. Surgiria então um cão de tamanho médio, pelagem curta e orelhas e cauda eretas. 

A longo prazo, eles acabariam retornando à vida selvagem, habitando em grupo circunscritos em territórios definidos, com práticas anuais de reprodução e envolvimento na caça social.

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