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14/12/2016 às 03:01•1 min de leitura
Muita gente gosta de ter aves como animais de estimação. Aqui no Brasil o papagaio sempre foi um pássaro muito popular, especialmente aqueles que conseguem reproduzir palavras e frases com perfeição. Mas alguma vez você já parou para se perguntar como eles conseguem fazer isso?
Na verdade, há até pouco tempo, mesmo os pesquisadores que focam seus estudos acadêmicos em aves desconheciam o que permite a essas belas criaturas fazer algo tão impressionante. Em uma tese publicada em 2015, no jornal acadêmico PLOS ONE, um grupo de neurobiologistas do Centro Médico da Universidade de Duke, na Carolina do Norte, acredita ter desvendado o mistério.
Para a pesquisa, foram analisados cérebros de diversos pássaros conhecidos por suas habilidades de imitação. Periquitos-australianos, calopsitas, pássaros-namorados, araras, amazonas, papagaios-do-congo e papagaios-da-nova-zelândia estavam entre as espécies estudadas. Esses cérebros foram comparados com os de outras aves que possuem habilidades mais limitadas de imitação, como certos pássaros canoros e colibris.
Segundo a pesquisa, as “aves imitadoras” possuem uma região única em seus cérebros, que os cientistas acreditam ser a responsável pelo aprendizado dos sons que ouvem e imitam. Essa área é dividida em duas metades, que por sua vez são subdivididas em um núcleo e um invólucro de cada lado.
Eles também perceberam que as espécies com maiores habilidades vocais têm as estruturas chamadas de invólucros mais desenvolvidas que as demais. A hipótese do estudo conjectura que é graças à duplicação dessa região do cérebro que essas espécies desenvolveram tal habilidade. Os pesquisadores calculam que isso deve ter ocorrido há cerca de 29 milhões de anos.
A teoria deles é de que humanos e outros animais que conseguem imitar sons e gestos só foram capazes de fazer isso a partir do momento em que houve a duplicação de regiões de seus cérebros correspondentes aos núcleos e invólucros dos pássaros. Resta agora descobrir o que levou essas duplicações a acontecer.
O curioso é que as estruturas já eram conhecidas anteriormente, mas até então nunca foram relacionadas com a habilidade de aprendizagem de sons que essas aves possuem.