Como extrair minérios de forma ecológica? Algas marinhas mostram o caminho

09/05/2024 às 10:002 min de leituraAtualizado em 09/05/2024 às 10:00

A exploração de minérios exerce efeitos muito nocivos, tanto ao considerar os processos que permeiam a mineração e que envolvem o uso de materiais pesados, quanto pelos riscos que as pessoas que atuam nesse segmento ou moram no entorno podem estar submetidas, tanto no curto quanto no longo prazo.

A própria natureza é prejudicada por esse tipo de atividade, uma vez que a estrutura sofre modificações agressivas para possibilitar a mineração, e mesmo mares, quanto rios e bacias hidrográficas podem acabar contaminados, como consequência das atividades de extração.

Mas pesquisadores estão em busca de um caminho para explorar de minérios raros encontrados em alto mar que não seja nocivo para o meio ambiente. E as algas marinhas são o grande segredo por trás disso.

(Fonte: Getty Images/Reprodução)
Projeto busca aproveitar o potencial das algas marinhas para extrair minérios raros das águas. (Fonte: Getty Images / Reprodução)

Potencial das algas marinhas para extrair minérios

As algas marinhas, por serem versáteis e desempenharem um papel importante para as águas, estão sendo encaradas há algum tempo com uma força da natureza que merece ser valorizada.

Como prova disso, em ações pioneiras, esses organismos estão sendo usados para produzir energia a partir de materiais orgânicos e mesmo para transformar urina em água potável. Ou seja, o tratamento do esgoto pode ser revolucionado a partir da ação delas. Naturalmente, a atuação das algas marinhas não passou despercebida em regiões dos mares com uma maior concentração de minérios.

O Departamento de Energia dos Estados Unidos (sigla DOE, em inglês) parece estar particularmente interessado em praticar essa modalidade de extração. Para isso, está investindo em ações que explorem esse potencial. Ao todo, US$ 5 milhões foram destinados ao financiamento de três projetos.

Com isso, dentre os materiais possíveis retirados das águas, teríamos ródio, platina, neodímio e ítrio. Essa extração, portanto, evitaria que esses minérios acabassem depositados no oceano por decorrência de processos naturais de erosão, por exemplo. Um dos projetos está investigando justamente essa possibilidade, em particular.

(Fonte: Getty Images/Reprodução)
Para que a extração seja realizada no mar, será necessário monitorar áreas que apresentam maior concentração de minérios. (Fonte: Getty Images / Reprodução)

Possibilidades exploradas em projetos de extração

Tudo isso considerando que as algas se mostram capazes de peneirar os minerais presentes na água. Para realizar esse trabalho, elas possuem um método único de realizar essa filtragem e de incorporar essas partículas em seus tecidos, ou seja, sem gerar impactos nocivos para o planeta.

Os pesquisadores envolvidos nesse trabalho também tentam entender como colocar esse plano em prática sem colocar as algas em risco. Assim, depois de realizarem essa tarefa de extração, elas poderiam ser utilizadas em outros projetos de produção de energia limpa.

Ou seja, esse projeto dá uma dimensão quanto pode ser decisivo no futuro usufruir do potencial presente na natureza. E como destacou o próprio Departamento de Energia dos EUA, ao mesmo tempo que as algas fornecem meios de obter minerais críticos, uma vez bem-sucedida, tal prática seguiria alinhada com as metas de descarbonização e de desenvolvimento de energias limpas do país.

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