Por que iodo é adicionado ao sal de cozinha?

06/02/2023 às 13:002 min de leitura

Você já parou para se perguntar por que há a presença de iodo no sal de cozinha? Assim como o cloreto de sódio, popularmente chamado de sal, o iodo também proporciona benefícios importantes ao organismo. A sua ausência na dieta, por outro lado, pode levar ao surgimento de uma série de problemas.

Esse fato pode não ser amplamente conhecido hoje, mas, décadas atrás, era comum ver casos de pessoas que apresentavam bócio, que é o crescimento anormal da glândula tireoide, podendo se manifestar com a presença de nódulos e cistos visíveis na região do pescoço.

Tudo isso porque o iodo apresenta um papel chave na glândula tireoide, realizando a síntese dos hormônios produzidos nela. Eles atuam tanto no processo de crescimento quanto na manutenção do organismo, afetando órgãos como rins, fígado e coração.

Entendendo a importância do iodo para o organismo

A deficiência de iodo pode levar o surgimento de doenças, como o bócio e o cretinismo. (Fonte: Shutterstock/Reprodução)A deficiência de iodo pode levar o surgimento de doenças, como o bócio e o cretinismo. (Fonte: Shutterstock)

Como a incidência mais elevada do bócio foi observada em diversos países além do Brasil, a alternativa encontrada foi a de fornecer o nutriente junto a outro elemento capaz de preservar suas características e que é bastante popular na cozinha: o sal.

Nas grávidas, a sua presença é fundamental para o bom desenvolvimento dos bebês, explicando o motivo da suplementação alimentar às gestantes levar em consideração esse detalhe bem importante, exigindo acompanhamento médico.

Sua ausência, dessa forma, também pode provocar cretinismo, que é um tipo de retardo mental bastante grave e irreversível, entre outras anomalias, além de estar associada a taxas mais altas de infertilidade. A deficiência também costuma estar relacionada a abortos e nascimento de crianças com peso abaixo do ideal.

A quantidade indicada para consumo é de, no máximo, cinco gramas por dia, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS). Mas como os hábitos alimentares da população mudam, a dose de iodo presente no sal também tem sido alterada. No Brasil, o consumo de sal tem aumentado em virtude de uma dieta com a maior presença de alimentos processados.

De olho na dose diária

Consumo de iodo aumentou em virtude da maior presença de sal na dieta, o que gera preocupação entre especialistas da área da saúde. (Fonte: Shutterstock)(Fonte: Shutterstock)

Como consequência disso, o brasileiro tem ingerido 12 gramas diários, em média – uma quantidade bem acima do ideal. Pensando nisso, a presença que girava em tomo de 20 a 60 miligramas de iodo por quilo de sal foi reduzida, passando a ser de 15 a 45 miligramas.

O iodo pode ser encontrado em diversos alimentos, como em peixes e frutos do mar, incluindo as famosas sardinhas, camarão e bacalhau. Ovos e leite também são fontes do nutriente, uma vez que ele esteja presente na alimentação dos animais.

Por isso, ao comprar o sal, verifique se é sal iodado. Para conservá-lo, basta guardar num pote, sem armazenar dentro de geladeira ou em locais úmidos, já que isso pode afetar as propriedades dos nutrientes. E na hora de temperar os alimentos, a moderação continua sendo essencial.

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