Ciência
05/02/2018 às 15:30•2 min de leitura
"A pornografia sempre foi parte da cultura humana, e isso continua na era digital". É dessa maneira que a Kaspersky Lab começa uma pesquisa extensa que mostra algumas das ameaças que rondam o conteúdo pornográfico na internet.
Não é preciso pensar muito para lembrar: o pornô está praticamente em todos os cantos da internet, seja em sites específicos, em blogs, aplicativos mensageiros e até nas redes sociais mais utilizadas no mundo.
A Kaspersky Lab notou que mais de 72 milhões de contas de sites adultos foram roubadas em 2016
Algo que não é novidade, mas continua acontecendo e com alta intensidade, é a armadilha pornográfica para roubar dados ou infectar os computadores e smartphones de vítimas. Essas armadilhas, também conhecidas como phishing, aparecem de diversas maneiras para você: emails, propagandas, mensagens em grupos etc.
Em uma análise superior, a Kaspersky Lab notou que mais de 72 milhões de contas de sites adultos foram roubadas em 2016 — número relatado, que pode e deve ser maior. Veja o número mais detalhado abaixo:
Agora, qual seria o problema de ter a conta de um site pornô roubada? Praticamente, a maioria das plataformas premium exigem dados pessoais, principalmente aquelas que cobram um valor X pelo acesso. Entre esses dados, podem estar: nome completo, data de nascimento, número do cartão de crédito, email e senha.
A Kaspersky identificou pelo menos 27 variações de malware que infectam computadores por meio da pornografia. Além disso, eles focam em vítimas que possuem contas em sites pagos.
"Apenas no ano de 2017, as famílias desses malwares foram vistas mais de 300 mil vezes, tentando infectar mais de 50 mil computadores pelo mundo", disse a Kaspersky — vale notar que são 50 mil computadores de usuários de produtos da empresa, então o número real é bem superior ao projetado.
Cibercriminosos podem ter acesso aos dados bancários de vítimas e até gerar cliques falsos como renda
Outro dado mostra algo interessante: o pornô já é mais acessado no mobile. Em 2017, pelo menos 1,2 milhão de usuários de celular toparam com malwares em conteúdos pornográficos. Segundo Kaspersky, esse número reflete 25,4% de usuários Android que baixaram malware de alguma maneira ao longo do ano.
O mercado negro online também é bem movimentado, segundo a empresa de segurança: contas da Naughty America, Brazzers, Mofos, Reality Kings e Pornhub são vendidas aos montes, e por um preço que representa 1 décimo do valor original da assinatura nesses sites.
Entre os malwares atrelados ao pornô, são encontrados trojans bancários, rooting e geradores de cliques em propagandas. Dessa maneira, cibercriminosos podem ter acesso aos dados bancários de vítimas e até gerar cliques falsos como renda.