Artes/cultura
12/02/2018 às 09:06•2 min de leitura
O esquema de venda de notas falsas no Brasil não é novidade e o caso já foi denunciado no TecMundo, site parceiro do Mega Curioso. Praticamente perfeitas, as notas de reais são produzidas aos milhares por criminosos e, como você pode checar nas imagens, também é bem fácil comprar pacotes de notas.
De acordo com o threat researcher Ialle, que nos enviou imagens mostrando como funciona a operação de vendas em grupos de WhatsApp, cibercriminosos montam tabelas de valores para a negociação das notas falsas. É interessante notar que, além de tabelas, são desenvolvidos pacotes de teste para novos usuários.
Um pacote de teste costuma custa R$ 100 e o usuário recebe R$ 750 em notas falsas. Caso queira partir para outros pacotes, as opções ofertadas mais comuns são as seguintes:
É preciso notar que, como a mensagem do negociador diz, é possível comprar pacotes de valores ainda maiores — "valor a combinar", deixa claro. Outro ponto: "São as melhores que estou tendo neste momento, elas passam no teste da luz e caneta", diz o negociador indicando que as notas possuem relevo e as marcas d'água que atestam a possível veracidade da nota.
Venda de notas
Não são só notas falsas: os negociadores também trabalham com cartões de crédito. As imagens indicam a venda de "cartões em nomes de terceiros, desbloqueado e com senha de imediato. Cartões com limites de R$ 1.000 até R$ 10.000". Se você quiser entender como funciona o esquema de cartões de crédito, clique aqui.
O YouTube também entra na jogada, principalmente para mostrar em vídeo como são os produtos
Outro vendedor no WhatsApp divulga uma tabela com preços similares, mas mais caros. Isso porque o produto pode ser melhor no que toca segurança: as notas passam no teste da luz negra, da caneta e possuem papel áspero, marca d'água e fita holográfica. Este vendedor, conhecido como Stallone, vende um pacote de R$ 5 mil notas falsas por R$ 1 mil. O método de envio? O mais comum possível: Sedex, PAC ou carta registrada.
As redes sociais são os principais canais de venda dos cibercriminosos. O Facebook é usado para espalhar a notícia em grupos de interessados. Em seguida, o WhatsApp é o local das negociações: grupos formados de negociadores e compradores alimentam o trabalho. O YouTube também entra na jogada, principalmente para mostrar em vídeo como são os produtos — notas falsas, RGs/CNHs/diplomas falsos e cartões de crédito desviados.
Venda de notas
Veja a tabela de preços de notas falsas vendidas pelo WhatsApp no Brasil via TecMundo