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01/06/2018 às 13:00•2 min de leitura
Poucas coisas podem ajudar uma pessoa a começar bem o dia como uma xícara de café e uma fatia quentinha de pão com manteiga. Também não é nada fácil resistir a um hambúrguer suculento no pão bola ou mesmo deixar passar um lanche mais leve feito com pão integral e um recheio natural.
Seja como for, o pão é parte importante na culinária de muitas regiões do mundo, desde o baguete francês ao pão de forma quadradinho. Por isso mesmo que questionar a origem dessa receita é tão interessante. Diferentemente de muitas descobertas da culinária do mundo, não é possível apontar uma única pessoa como responsável pela ideia original.
Os registros mais antigos de algo parecido com o pão moderno datam de mais de 12 mil atrás. Os natufianos, povos que viviam na região hoje conhecida como Vale do Jordão, no Oriente Médio, estavam entre os primeiros a desenvolver o cultivo da cevada. Esses grãos eram processados em uma farinha bem grossa que era colocada nas fogueiras até virar uma versão mais grosseira do alimento que conhecemos hoje.
Hieróglifos e esculturas egípcias mostram o preparo do pão nessa época
Com o desenvolvimento de mais civilizações e o crescimento das trocas comerciais entre as populações dessa região, essa receita ganhou popularidade até se tornar central na formação de nossas primeiras sociedades. As condições favoráveis ao cultivo de cereais no Nilo fizeram com que os egípcios aprimorassem a receita, tendo a ideia de fermentar o alimento, dando a ele uma consistência mais macia e agradável.
Dessa forma, uma versão bem mais próxima do pão que encontramos hoje em dia virou parte central da alimentação do Egito e foi levada para a Europa, onde se tornaria uma comida essencial durante a Idade Média. Ela era tão comum que sua massa chegou mesmo a ser utilizada como prato por algumas famílias ricas, que depois davam os restos de pão para os cachorros ou as pessoas mais pobres da vila.
Mas o período também ficou marcado pela adulteração do alimento. A falta de conhecimento e o total descontrole das pessoas responsáveis pelo preparo fizeram muita gente misturar giz à receita para deixar a massa mais branca ou incluir serragem para fazer uma porção pequena render mais. É claro que isso tudo acabou com a chegada da industrialização e as regulações governamentais, criadas para garantir a qualidade dos alimentos produzidos no país.
Como você vê, é difícil apontar um único povo como criador definitivo do pão. Por isso, na próxima vez que estiver aproveitando aquele pãozinho francês com uma casquinha crocante, lembre-se que ele só está nas suas mãos hoje por causa do trabalho de várias civilizações ao longo de milhares de anos.
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