Ciência
13/11/2018 às 14:30•2 min de leitura
A Prada é uma das marcas mais conceituadas do mundo, com lojas apenas nos shoppings com os mais altos níveis e em cidades que tenham um poder aquisitivo bastante elevado. Por isso, chama a atenção dos motoristas uma pequenina “loja” da Prada na rodovia US 90, no Texas, cerca de 42 km distante da cidade de Marfa.
A tal “loja” segue os padrões da marca, com grandes vitrines e poucos produtos à mostra. Porém, o que muita gente não sabe é que ali não se vende nada da marca – e nem de nenhuma outra. Trata-se de uma instalação artística permanente criada pela dupla escandinava Elmgreen & Dragset (Michael Elmgreen é dinamarquês, enquanto Ingar Dragset é norueguês), que a batizou de Prada Marfa.
A obra custou US$ 80 mil e foi criada em 2005 com o financiamento de uma ONG nova-iorquina chamada Art Production Fund em parceria com a galeria de artes de Ballroom Marfa. A Prada em si não apoiava a ideia, mas, no fim das contas, a presidente da empresa, Miuccia Prada, permitiu o uso de sua logomarca e até doou bolsas e sapatos da coleção outono/inverno 2005 para os artistas finalizarem sua instalação.
Para desestimular o roubo, que de fato já aconteceu, as bolsas em exposição não possuem o fundo, e todos os sapatos são do pé direito. Após a primeira invasão, os vidros e as estruturas foram reforçados. A ideia de Elmgreen & Dragset era fazer uma crítica ao consumismo e aos itens de luxo.
Hoje em dia, políticos tentam retirar a instalação artística porque ela supostamente fere leis de publicidade rodoviária publicadas em 1965 – além de “enfeiar” a rodovia, que não passa de um deserto. Como o lugar foi feito com materiais biodegradáveis e atrai turistas, esperamos que o bom-senso predomine na decisão dos parlamentares.
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