
Ciência
26/01/2019 às 11:00•3 min de leitura
Sabe a Mona Lisa, né? Quadro que Leonardo da Vinci produziu no século 16 e que, hoje, provavelmente consiste na obra mais conhecida – e valiosa – do planeta. A peça se encontra em exposição no Museu do Louvre, em Paris, onde é uma das principais atrações, e teve seu seguro avaliado na década de 60 em mais de US$ 100 milhões (equivalentes a cerca de US$ 820 milhões atualmente ou mais de R$ 3 bilhões!), o mais alto da história para uma obra de arte.
(Giphy)
Pois talvez você sabia que, certa vez, a Mona Lisa – essa Mona Lisa inacreditavelmente valiosa! – foi roubada do Museu do Louvre? O crime aconteceu em meados de 1911, quando o sistema de segurança do local era uma piada comparado com o de hoje em dia. Para você ter ideia, a instituição que, na época, já abrigava mais de 250 mil artefatos, contava com uma equipe de segurança composta por menos de 150 pessoas, e nenhum dos quadros ficava preso às paredes. A Mona Lisa mesmo ficava pendurada só por 4 ganchinhos.
Na data em que o roubo ocorreu, dia 21 de agosto, uma segunda-feira, o museu estava fechado e havia menos guardas do que o normal cuidando da segurança. De acordo com Lucas Reilly, do site Mental_Floss, assim que as autoridades francesas foram notificadas de que a Mona Lisa havia sido surrupiada, as fronteiras foram fechadas e não demorou para que os jornais franceses noticiassem o crime – e a história começasse a circular pelo mundo.
Foi o roubo, aliás, que “ajudou” a tornar o quadro tão popular! Enfim, o fato é que as autoridades não faziam ideia de quem tinha levado a Mona Lisa e, quando um dos jornais de Paris ofereceu uma gorda recompensa pela devolução da obra, alguém entrou em contato e ofereceu o nome de um espanhol, um tal de Pablo Picasso, como pista.
(Giphy)
Segundo Lucas, Picasso já vivia na capital há uns 10 anos, e dividia a casa com uma porção de artistas – entre eles, o poeta e escritor Guillaume Apollinaire. Esse cara, por sua vez, empregou um secretário chamado Honore-Joseph Géry Pieret, um belga meio pilantrão que, nas horas vagas, fazia bicos como ladrão de arte. Esse foi o sujeito que, de olho na recompensa, procurou o jornal e deu o nome de Picasso, contando, ainda, que já tinha roubado artefatos do Louvre para seus amigos, sendo um deles o artista espanhol.
O problema é que o pilantra realmente tinha vendido a Picasso e Apollinaire umas estátuas antigas de pedra (do século 3 ou 4 a.C.!) que ele havia roubado do Louvre, e o espanhol inclusive teria usado os objetos como inspiração para a sua pintura Les Demoiselles d’Avignon – que você pode ver abaixo.
(MoMA)
Os jornalistas publicaram a história, obviamente, a polícia, claro, foi atrás dos artistas. Sabendo que tinham as autoridades em seu encalço, Picasso e Apollinaire decidiram se livrar das estátuas jogando-as no Sena, mas não tiveram coragem. Então, o poeta resolveu ir até o jornal e entregar os artefatos, pedindo que sua identidade fosse preservada. Só que, dias depois, a polícia apareceu e o levou preso – e o espanhol não demorou em ser localizado.
Picasso metido em confusão (Artsy)
Não havia dúvidas de que a dupla estava de posse de peças roubadas, mas a encrenca mesmo era que Picasso e Apollinaire estavam entre os principais suspeitos de terem roubado a Mona Lisa. E ambos ficaram sob os olhos vigilantes da polícia durante 2 anos, até que veio à tona que o verdadeiro ladrão era Vincenzo Peruggia, um artista italiano que tinha passado uma temporada trabalhando no Louvre e resolveu levar o quadro embora por achar que Napoleão tinha se apossado injustamente e que a pintura pertencia à Itália.
Vincenzo Peruggia, o verdadeiro ladrão da Mona Lisa (Wikimedia Commons/Domínio Público)
Sobre Picasso e Apollinaire e seu envolvimento com peças de arte roubada, o juiz responsável pelo caso concluiu que, apesar de errado, a compra das estátuas não tinha nada ver com o sumiço da Mona Lisa e acabou arquivando as acusações contra a dupla.
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