10 fatos curiosos sobre o efeito do álcool

14/09/2019 às 04:005 min de leitura

Recentemente, diversas pesquisas ao redor do mundo revelaram alguns aspectos interessantes — e outros um tanto preocupantes — relacionados ao consumo de álcool. Nesta lista curiosa que nós aqui do Mega Curioso preparamos, você vai descobrir por que não podemos colocar a culpa de todos os erros na bebida e que o varejo adora um consumidor alterado, entre outras coisas.

Confira abaixo:

10. O Efeito Amigo Sóbrio 

Segundo a ciência, pessoas sóbrias fazem as embriagadas se sentirem mais bêbadas do que realmente estão — esse foi o resultado de um estudo feito em 2016. Os pesquisadores se posicionaram em quatro zonas de vida noturna na cidade galesa de Cardiff, abordando cada sétima pessoa que passava e perguntando se poderiam medir os níveis de álcool no sangue dela. Para aqueles que aceitavam se submeter ao bafômetro, os pesquisadores pediam para que avaliassem, em um nível de 1 a 10, o quanto se sentiam bêbados. Mais de 1,8 mil testes respiratórios foram realizados, e 400 pessoas concordaram em participar a pesquisa.

A equipe analisou os dados e usou modelos matemáticos para comparar o nível de álcool no sangue das pessoas e a sua autoconsciência. Os resultados foram curiosos. Quando cercados por amigos igualmente embriagados, os consumidores subestimavam sua ingestão de álcool; beber também parecia mais aceitável. No entanto, quando estavam com amigos sóbrios, superestimaram o quão bêbados estavam. 

(Fonte: Pixabay)

9. Moral inalterada  

Quando uma pessoa bêbada toma uma decisão ruim, ela tende a culpar a bebida. De fato, os embriagados escapam de julgamentos pelas quais as pessoas sóbrias são responsabilizadas. Em 2019, pesquisadores decidiram confirmar se o álcool poderia realmente fazer as pessoas esquecerem sua moral. Durante o estudo, os voluntários bebiam vodca e, em seguida, tinham que responder a fotografias que retratavam emoções humanas.

Os cientistas sabem há algum tempo que a embriaguez pode afetar a empatia; por isso, os participantes do estudo se animaram com expressões tristes e ficaram irritados com pessoas que pareciam felizes. No entanto, os valores permaneceram os mesmos quando foram confrontados com dilemas morais. A conclusão é que o álcool altera a nossa empatia, mas não a nossa bússola moral. 

(Fonte: Pixabay)

8. O consumidor bêbado 

Neste ano, uma pesquisa feita pelo boletim técnico de negócios Hustle buscou mensurar compras virtuais de consumidores bêbados. O estudo, que se concentrou apenas nos Estados Unidos, abrangeu 2.174 pessoas. A idade média foi de 36 anos, e a maioria dos participantes obteve o dobro da renda anual nacional. O resultado mostrou que quase 4 em cada 5 pessoas compraram online quando estavam embriagadas.

Os participantes admitiram adquirir itens como castelos infláveis gigantes para a sala de estar, 90 kg de bambu e óculos de visão noturna que custam US$ 2,2 mil, o equivalente a quase R$ 9 mil. Dois terços optaram por roupas. Jogos, filmes e tecnologia ficaram em segundo lugar, sendo que a maior beneficiada foi a Amazon, pois cerca de 85% dos clientes embriagados escolheram a gigante comercial. Em geral, o setor de varejo recebe um impulso considerável com esse tipo de consumidor, já que, todos os anos, um único consumidor bêbado gasta cerca de US$ 444 (R$ 1,8 mil). A estimativa anual chega à incrível marca de US$ 48,4 bilhões. 

(Fonte: Pixabay)

7. Bêbados são mais resistentes a ferimentos  

Um mito afirma que os bêbados são mais propensos a sobreviver a acidentes de carro. Aparentemente, o álcool amolece o corpo e evita lesões mais graves. Mas os resultados de um estudo da Universidade de Illinois, em Chicago, mostram que não apenas um nível alto de álcool no sangue parece aumentar as chances de sobrevivência de uma vítima de trauma depois de ser internada em um hospital, como o mais embriagado dentre os feridos tem a maior chance de sobreviver.

A pesquisa analisou todos os 190.612 pacientes tratados nos centros de trauma de Illinois entre 1995 e 2009 que foram testados quanto ao teor de álcool no sangue, com níveis variando de zero a 0,5% no momento da admissão (níveis de álcool no sangue acima de cerca de 0,35% podem ser fatais). A análise apontou que, com exceção das queimaduras, as taxas de mortalidade de todos os tipos de lesões traumáticas diminuíram à medida que o teor de álcool no sangue das vítimas aumentava.

(Fonte: Pixabay)

6. Brigas e intervenções 

Em 2013, o pesquisador da Universidade Estadual de Penn, Michael Parks, treinou pessoas para irem a bares e clubes de Toronto descobrir quantas vezes havia intervenção humana em situações violentas. Durante 503 noites em 87 clubes e bares, voluntários presenciaram 860 eventos agressivos, incluindo discussões verbais, contatos físicos indesejados e brigas que contaram com cadeiras e corpos voando.

A pesquisa descobriu que em quase um terço desses incidentes agressivos alguém interveio para acabar com isso. Em geral, os mais solícitos eram homens (80%); no entanto, no tipo mais frequente de agressão relatada — homens assediando mulheres —, era menos provável haver intervenção. Algumas situações aumentavam a probabilidade de alguém intervir: se a agressão era realmente grave e mútua, se ocorria entre dois homens e se os participantes estavam embriagados. 

(Fonte: Dain Sandoval/Reprodução)

5. Dormir bêbado é perigoso

Em 2017, um calouro de 18 anos ficou muito alcoolizado em uma festa em uma fraternidade na Louisiana. Quando ele desmaiou, os amigos decidiram colocá-lo para dormir. Em vez de acordar de ressaca, o aluno foi levado ao hospital na manhã seguinte e declarado morto. Seu nível de álcool no sangue era 0,495, seis vezes acima do limite legal. Infelizmente, esse não foi o único caso.

Em situações mais leves, deixar uma pessoa dormir bêbada pode ser a melhor solução, mas em casos mais fortes pode ser fatal. O motivo? Mesmo depois de beber, o conteúdo de álcool no sangue pode aumentar. Isso pode levar a vômitos, asfixia, convulsões, coma, dificuldades respiratórias e até morte. Se a pessoa vomitar enquanto estiver inconsciente, não responder a estímulos e sua respiração tiver mais de 10 segundos de intervalo, procure ajuda médica.

(Fonte: Pexels)

4. Pássaros bêbados têm dificuldade de vocalizar

Existem muitas pesquisas relacionadas à forma de comunicação dos pássaros. Em 2014, pesquisadores da Universidade de Saúde e Ciência de Oregon se perguntaram se pássaros bêbados também perderiam o controle verbal como os humanos. O estudo usou tentilhões-zebra, que receberam um suco com 6% de álcool e desenvolveram um nível de álcool no sangue de 0,05% a 0,08%. O resultado? Curiosamente, os tentilhões bêbados cantaram menos. Porém, quando o fizeram, as músicas foram arrastadas e muitas vezes desorganizadas, demonstrando dificuldade para vocalizar.

(Fonte: Pixabay)

3. No mundo dos peixes, o bêbado vira líder 

Na Universidade de Nova York, projetos estudam como o álcool afeta organismos vivos. Em 2014, pesquisadores fizeram testes com peixes-zebras. Eles foram colocados em diferentes tanques que continham concentrações variadas de álcool. Após ficarem embriagados, os peixes foram transferidos para tanques com água limpa.

Para estudar sua dinâmica social, cada peixe-zebra embriagado recebeu quatro companheiros sóbrios. Os peixes afetados pela bebida ficaram hiperativos e agitados e passaram a ser "seguidos" pelos companheiros sóbrios. Os pesquisadores não sabem explicar o motivo, mas existe uma teoria de que o peixe bêbado foi percebido como um líder pelos outros. 

(Fonte: Pixabay)

2. Identificando motoristas bêbados

Para os policiais, abordar motoristas que podem estar embriagados é uma espécie de jogo de adivinhação. Sinais como dirigir fora da faixa ou estar muito lento ou muito rápido podem significar que a pessoa está cansada demais ou bêbada. Mas, muitas vezes um policial não saberá a resposta exata até fazer um teste de bafômetro.

Pensando nisso, uma equipe de pesquisadores da Universidade Militar de Tecnologia da Polônia desenvolveu um dispositivo capaz de detectar altos níveis de álcool no sangue a 20 metros de distância, utilizando um raio laser. Funciona assim: um emissor e receptor de laser fica em um lado da estrada, enquanto um espelho fica no outro. Quando um carro passa, o emissor envia um raio laser pela janela do veículo e o projeta no espelho. O feixe é enviado em um comprimento de onda que pode ser absorvido por qualquer vapor de álcool — portanto, qualquer perda de energia equivale à presença de bebida no carro. Se tiver álcool, não há absorção de energia.

Apesar de ainda estar em processo de refinamento, o equipamento pode transformar o modo de atuação da polícia nesses casos. 

(Fonte: Pixabay)

1. Pombo bêbado ganha prêmio

Anualmente, a organização Forest and Bird, focada em conservação da natureza na Nova Zelândia, promove uma competição em que as pessoas podem votar em seu pássaro selvagem favorito. Em 2018, o ganhador foi uma pomba-kereru (Hemiphaga novaeseelandiae), descrita como “desajeitada, bêbada e glamurosa”. Não é exagero.

Algumas vezes, eles estão tão bêbados que caem das árvores. Isso acontece porque comem frutas que caem no chão da mata e acabam fermentando. A espécie desempenha um papel fundamental, já que é o único pássaro neozelandês com tamanho suficiente para ingerir e dispersar as sementes grandes de várias espécies de plantas.

(Fonte: List Verse/Reprodução) 

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