Ciência
28/10/2019 às 13:00•1 min de leitura
As armas nucleares têm despertado o medo em muita gente desde que foram oficialmente apresentadas ao mundo e demonstraram seu impressionante poder de destruição. Por isso, a maioria das pessoas pode até imaginar que as armas nucleares de hoje em dia devem ser protegidas por tecnologias de última geração, mas não é bem assim que a coisa funcionava até recentemente.
Na realidade, ao menos no que diz respeito ao sistema adotado pelos Estados Unidos até 2019, todo o sistema ligado às armas nucleares dependia de equipamentos considerados "ultrapassados".
O controle da segurança do arsenal era feito utilizando aqueles antigos disquetes de oito polegadas, ou seja, os primeiros disquetes disponíveis para distribuição comercial há quase 50 anos. A capacidade de armazenamento deles é de cerca de 80 kb — hoje você não conseguiria sequer salvar uma imagem em média resolução em um desses.
Além disso, para ler esse tipo de disquete os equipamentos também tinham de ser bastante ultrapassados e o maior problema encontrado pela equipe responsável era encontrar peças para substituir aquelas que apresentavam defeito. Como muitos dos equipamentos já estavam obsoletos, especialistas tinham de trabalhar no reparo delas manualmente, usando até microscópios. Isso levava muito tempo e estava custando cada vez mais dinheiro.
Segundo os oficiais responsáveis, o sistema antigo tinha as suas vantagens: ele era completamente blindado contra hackers. Os computadores antigos não tinham um número IP e, segundo a força aérea americana, isso tornava os ataques impossíveis. Porém, os altos custos estavam cada vez mais difíceis de se manter.
Este ano, portanto, eles iniciaram o processo de atualização. No lugar dos disquetes gigantes do passado, agora as armas nucleares contarão com SSDs de alta segurança.