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10/12/2019 às 04:00•2 min de leitura
Segundo o New York Times, cientistas chineses estão reconstruindo rostos a partir de material genético por meio de uma técnica chamada de fenotipagem de DNA.
A China, líder mundial em tecnologias para reconhecimento facial, e país com o maior número de câmeras de vigilância instaladas, estaria realizando a coleta de sangue, de maneira forçada, da população da região de Xinjiang, no extremo oeste do país. Xinjiang é uma área autônoma, formada pela minoria étnica uigur.
A técnica permite que o código genético seja analisado, pelo qual é possível extrair informações como a cor da pele, dos olhos, ascendência, entre outras. Dessa forma, os pesquisadores conseguem reconstruir o rosto de determinada pessoa.
A tecnologia, no entanto, possui suas limitações. A código genético pode informar sobre a predisposição à obesidade, mas, ao reconstruir um rosto, não podemos determinar se a pessoa era obesa ou magra, característica que modificaria a aparência de seu rosto.
Nos EUA, a fenotipagem de DNA tem sido usada para ajudar a solucionar crimes. No estado americano de Maryland, o rosto de uma mulher foi reconstruído com sucesso, a partir de seus restos mortais.
Em outro caso, a polícia da Carolina do Norte chegou a certo grau de precisão que permitiu a identificação e prisão de um assassino, cujo rosto reconstruído indicava a pele clara, olhos castanhos, cabelo escuro e algumas sardas na face.
Além de desvendar crimes, a técnica ainda é largamente utilizada na arqueologia, permitindo aos cientistas reconstituir, de forma aproximada, os rostos de nossos antepassados que viveram há milhares de anos.
Apesar dos benefícios da fenotipagem de DNA, o uso da tecnologia pode preocupar, principalmente quando empregada em países com governos ditatoriais, ou mesmo por empresas privadas em países democráticos.
Como no caso da China, outros países poderiam usar a técnica para ampliar programas de segregação.
Reconhecimento facial via DNA; China estaria aplicando técnica forçadamente via TecMundo