Estilo de vida
01/08/2020 às 05:00•1 min de leitura
De acordo com um estudo realizado por físicos do Instituto Alan Turing, no Reino Unido, e da Universidade Tarapacá, no Chile, a sociedade poderá entrar em um colapso total e irreversível, deixando de existir da forma como a conhecemos hoje, dentro de 20 a 40 anos. A pesquisa foi publicada na Scientific Reports no dia 6 de maio.
Segundo os cientistas, se a taxa atual de desmatamento se mantiver nos próximos anos, todas as florestas do planeta desaparecerão dentro de 100 a 200 anos.
É importante lembrar que a taxa global de desmatamento diminuiu nos últimos anos. Porém, a perda líquida de área florestal total é tão considerável, que o reflorestamento não surtiria o efeito desejado, no tempo necessário. Esse fenômeno deve ocorrer, pois as árvores recém-plantadas não têm o mesmo impacto para o meio ambiente que as árvores mais antigas.
Fonte: Pixabay/Reprodução
Os cientistas modelaram o nosso futuro com base nas atuais taxas de desmatamento, consumo de recursos e crescimento populacional, e suas projeções mais otimistas sugeriram que há 90% de chances de haver um colapso social global de enorme proporção em no máximo quatro décadas.
Os físicos explicaram que a humanidade tende a acreditar que só sentirá os efeitos da devastação dos ecossistemas apenas quando a última árvore for derrubada. No entanto, crises sociais globais deverão se iniciar bem antes disso, e o reflorestamento não poderá reverter, de forma instantânea, estragos que serão causados por décadas e décadas de desmatamento.
Dessa forma, por mais recursos tecnológicos que tenhamos, o colapso será irreversível, uma vez que não poderemos acelerar a ação da natureza.
Na opinião dos cientistas, só uma mudança radical e imediata no comportamento da sociedade poderia evitar um colapso.
Eles sugeriram um modelo de sociedade que “privilegie o interesse do ecossistema acima do interesse individual de seus componentes e, eventualmente, esteja de acordo com o interesse comum da comunidade”.
Chances de um colapso social irreversível dentro 40 anos é de 90% via TecMundo