Hacker invade cintos de castidade 'smart' e prende pênis de vítimas

19/01/2021 às 10:002 min de leitura

Um hacker foi acusado de aprisionar o pênis de usuários de cintos de castidade eletrônicos e pedir um dinheiro de resgate para libertar as suas vítimas, é o que diz uma reportagem feita pelo jornal britânico The Sun. Após invadir o aplicativo que controla os apetrechos, o criminoso cibernético exigia uma compensação por Bitcoin para encerrar o golpe.

Chamado de Qiui Cellmate, o brinquedo sexual é considerado “o primeiro app de controle de castidade eletrônico” e estima-se ser usado por milhares de pessoas no mundo todo. O pênis do usuário é colocado dentro de um tubo metálico, o qual pode prender ou libertar a genitália por meio de um anel situado em sua base.

Sequestro das genitais masculinas

(Fonte: Qiui/Divulgação)
(Fonte: Qiui/Divulgação)

Segundo o site Motherboard, diversas pessoas manifestaram terem sido vítimas pelo golpe digital que alterou o sistema de controle dos cintos. Em um dos relatos, um usuário afirmou ter sido contatado pelo invasor, o qual lhe enviou a seguinte mensagem: “agora o seu pênis é meu”.

O hacker tinha como objetivo receber uma compensação financeira equivalente a U$ 750 em criptomoeda para libertar cada um dos indivíduos com aparelhos danificados. Por sorte, nenhuma das vítimas que entrou em contato com o Motherboard disse estar utilizando o dispositivo na hora da invasão.

O cinto de castidade eletrônico funciona através da tecnologia Bluetooth, o que permite que sua ativação ou desativação possa ocorrer por meio de um simples toque no celular. Tecnologias como essa são consideradas comuns entre casais interessados por bondage — um fetiche sexual que envolve prender, amarrar ou restringir consensualmente um parceiro sexual.

Investigações sobre o caso

(Fonte: Pixabay)
(Fonte: Pixabay)

Ainda não se sabe ao certo quantas pessoas foram impactadas pelo golpe cibernético, porém essa não é a primeira vez que a empresa Qiui enfrentou problemas com brechas na segurança. Em outubro de 2020, analistas já haviam apontado que o sistema dos cintos poderia ser facilmente invadido por criminosos digitais e controlados remotamente.

Além disso, o aparelho não pode ser desativado manualmente. Para que isso seja feito, o usuário precisaria de algum tipo de ferramenta para romper o anel que prende a genital. 

Em resposta para o acidente, a Qiui recomendou aos seus usuários manter o aplicativo sempre atualizado em sua última versão e sempre utilizar anti-vírus ou serviços de scan para garantir a segurança dos aparelhos contra algum tipo de malware. 

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