Carl Gugasian fez faculdade só para poder roubar bancos

09/06/2021 às 03:002 min de leitura

É possível dizer que Carl Gugasian nasceu para o crime desde que veio ao mundo, em 12 de outubro de 1947, em Broomal, na Pensilvânia (EUA). Aos 15 anos, ele foi enviado para o Centro Estadual de Jovens, em Camp Hill, onde ficou por 1 ano e 5 meses preso, após ser baleado enquanto tentava roubar uma loja de doces em seu bairro.

Liberado em 1964, ele não tentou levar uma vida normal, muito pelo contrário, continuou no crime, porém pensando em maneiras de se destacar no que fazia. De acordo com o agente do FBI Ray Carr, Gugasian achava que já estaria fichado pelo resto da vida, e que jamais conseguiria um emprego conforme a lei.

Aos 22 anos, Gugasian estudava para engenharia elétrica na Universidade Villanova quando decidiu se matricular no Corpo de Treinamento de Oficiais da Reserva. Depois que se formou, ele serviu o Exército em Fort Bragg, sendo treinado pelas Forças Especiais e Armas Táticas. De volta à faculdade, ele fez mestrado em Análise de Sistemas pela Universidade da Pensilvânia, seguido por um trabalho de doutorado em Estatística e Probabilidade na Universidade Estadual.

Nesse momento, você deve estar se perguntando que ele de fato havia largado a vida do crime, mas não se engane, pois isso não passava de sua preparação.

O especialista

(Fonte: NY Daily News/Reprodução)(Fonte: NY Daily News/Reprodução)

Foi logo depois que se formou, em 1973, que Gugasian começou a planejar roubos a bancos. Ele se programou minuciosamente para roubar 8 instituições bancárias diferentes, começando por uma na Carolina do Norte, onde usou um carro roubado para fuga.

Gugasian usava mapas topográficos e de ruas, decorando o território das pequenas cidades, áreas de fuga arborizadas e rampas de rodovia próximas. Ele passava dias observando os funcionários do banco alvo para saber cada tipo de comportamento. O criminoso, geralmente, atacava durante o outono ou inverno, pois os dias escureciam mais cedo – o que facilitava sua fuga. Também acontecia sempre às sextas-feiras, pouco antes do horário de encerramento.

(Fonte: Daily Mail/Reprodução)(Fonte: Daily Mail/Reprodução)

Vestindo uma máscara de um personagem de filme de terror – o suficiente para esconder a cor da sua pele assim como o resto das roupas –, ele entrava no banco carregando uma pistola e se movendo como um caranguejo para que não soubessem sua altura. A ação durava não mais que 2 minutos, depois ele saía com a quantia em dinheiro e guardava tudo em um local estratégico, geralmente próximo à agência, para poder pegar mais tarde.

Gugasian usava um bloqueador de cheiro para que não conseguissem rastreá-lo, então corria para a floresta, andava de bicicleta até uma van, pegava sua moto e ia para a rodovia.

Pego

(Fonte: NY Daily News/Reprodução)(Fonte: NY Daily News/Reprodução)

Gugasian foi desvendado por meninos que brincavam na floresta de Radnor, na Pensilvânia, quando encontraram os equipamentos dele lacrados em tubos de PVC e escondidos em um cano de drenagem de concreto. Foi a partir desse material que a polícia conseguiu construir seu perfil e prendê-lo em 2002, em uma operação intitulada "The Friday Night Bank Robber".

Carla Gugasian foi condenado, inicialmente, a 115 anos de prisão por ter roubado mais de 50 bancos em um período de 30 anos, reunindo uma quantia de mais de US$ 2 milhões. No entanto, sua pena foi reduzida para 17 anos devido a sua cooperação com toda a investigação. Durante os anos em que ficou preso, ele ensinou matemática a outros presidiários, sendo solto em 5 de maio de 2017, aos 69 anos.

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