Ciência
03/08/2021 às 09:00•2 min de leitura
Na madrugada desta terça-feira (3), o brasileiro Alison dos Santos, carinhosamente conhecido como "Piu", conquistou o tão sonhado bronze olímpico após chegar em 3° lugar na prova dos 400 metros com barreiras. Porém, além de sua vitória e de seu carisma, outro detalhe chamou a atenção do público: uma pequena cicatriz localizada no canto direito de sua cabeça, uma marca que impediu de crescer cabelo na região.
Muito mais do que um vitorioso, Alison é um sobrevivente que enfrentou seus primeiros grandes obstáculos já na infância, quando tinha apenas 10 meses de idade. O medalhista foi vítima de um acidente doméstico, quando uma panela de óleo quente caiu em seu rosto enquanto estava no carrinho de bebê. Esse trágico evento, que o levou diretamente ao hospital e quase resultou em uma fatalidade, gerou um longo período de recuperação física e mental, sendo a primeira provação de força e resiliência do paulista.
(Fonte: Getty Images / Reprodução)
Após passar alguns meses em internação e celebrar seu primeiro aniversário na cama de um hospital, Alison foi levado para casa e se cuidou, mas tornou-se uma pessoa tímida e isso quase o tirou de vez da carreira de atleta. Felizmente, o corredor decidiu competir nas Olimpíadas de Tóquio e tomou uma decisão que logo se provaria como uma das mais importantes de sua vida.
Com apenas 21 anos de idade, Alison dos Santos foi o primeiro brasileiro medalhista do atletismo nas Olimpíadas de Tóquio, alcançando uma marca histórica de 46s72 e chegando em 3° lugar na final da corrida com barreiras. Esse número o consagrou como o atleta do Brasil mais bem-colocado de todos os tempos na modalidade e em um quase recorde mundial em relação à marca antiga, já que ficou apenas a 0,02 segundos de chegar nela.
No fim, o norueguês Karsten Warholm acabou levando o ouro e bateu com superioridade o recorde mundial da categoria, com um tempo histórico de 45s94.