Artes/cultura
16/06/2022 às 10:00•3 min de leitura
As cores, a marca, os sanduíches: o McDonald's está em nosso dia a dia de forma tão presente que, por vezes, parece ser parte da família. Conhecemos seus hambúrgueres pelo nome, mas a história da rede de lanches vai além de um saboroso Big Mac. Aliás, o passado guarda alguns pratos que, ainda bem, ficaram por lá.
Como toda empresa do ramo alimentício, o restaurante dos arcos dourados foi vítima das mudanças de comportamentos da sociedade e tentou se adaptar a eles. Neste artigo, vamos focar nos fracassos mais retumbantes e nos pratos mais esquisitos que já não fazem parte do cardápio da marca. Confira.
(Fonte: Wikimedia Commons)
Não é nenhuma miragem, a foto acima é, realmente, de uma pizza vendida pelo McDonald's. Em uma ofensiva contra a Pizza Hut, a gigante do fast food apostou, no fim dos anos 1980, em desenvolver um produto ao qual não era muito chegada.
Gastou uma senhora grana para criar um forno específico para assar as pizzas em seus restaurantes, alargou a janela do drive-thru, mas nada disso fez a iguaria permanecer no cardápio do restaurante. Foram poucos anos, o suficiente para o McDonald's entender que ele sabe vender hambúrguer.
Que os nuggets são dos itens mais vendidos no McDonald's qualquer um pode suspeitar, mas há algo no submundo da história do restaurante que poucos conhecem: a empresa já comercializou nugget de cebola. Por sinal, ele é mais antigo do que os que são comercializados atualmente.
Está certo, a iguaria é sinônimo de frango empanado, mas houve um tempo anterior em que o McDonald's decidiu que era preciso inovar. Foi a tentativa da marca de se aventurar pelo segmento de comidas vegetarianas, obviamente frustrada. A ideia foi tão mal aceita que só vigorou nos cardápios por um ano e apenas nos Estados Unidos.
Na virada do século, ali perto dos anos 2000, houve um boom na indústria alimentícia: as pessoas queriam comer bem e, de preferência, saudável. O receio entre as gigantes do fast food foi imenso, tanto que muitas dessas empresas passaram a desenvolver cardápios específicos para quem queria, ao invés de um suculento hambúrguer, comer uma saladinha.
Foi nesse embalo que o McDonald's lançou o McSalad Shakers. Não havia muito inovação, talvez no máximo a embalagem, que lembrava o copo de milkshake. Dentro dele, alface americana, tomate, croutons, presunto, queijo e um molho "especial". Bastava sacolejar o copo (entendeu o "shake"?), tirar a tampa e comer. Sumiu em 2003.
Se você procurar no Google ou assistir ao vídeo acima fica bem claro a razão para que esta ideia do McDonald's tenha fracassado. A iniciativa do McSpaghetti surgiu nos idos da década de 1970: um macarrão coberto de um molho (que parecia catchup) e queijo ralado por cima.
A primeira embalagem é como a do vídeo, feita de uma espécie de isopor, posteriormente trocada por uma que lembra a dos sanduíches da franquia. Bem, as imagens falam por si. Ficou na história ao longo da década de 1980.
Outra aventura frustrada do turma do Ronald McDonald. A rede de restaurantes introduziu em seus cardápios, logo após a Copa do Mundo de 1994, o McHotDog. Ao longo de cinco anos ofereceu um tradicional cachorro-quente norte-americano: um pão longo e fino, com uma salsicha coberta com catchup e mostarda.
Acontece que o produto não era muito chamativo, além de ser mais caro que um tradicional, de rua. No período em que a sociedade passou a questionar o consumo de carne ultraprocessada, o restaurante optou por tirá-lo do cardápio.
Após uma extensa campanha de marketing, o McDonald's havia se tornado referência em fast food para crianças. Ok, soa estranho — e era mesmo. Acontece que a marca queria expandir sua atuação e a ideia colou tão bem que uma parcela dos jovens adultos deixou de consumir produtos em sua franquia.
Na tentativa de resgatar este público, a empresa lançou um novo conceito: Arch Deluxe. A proposta era oferecer comida com um toque de alta gastronomia, que no fim das contas era apenas o mesmo cardápio com um molho diferentão.
Como a entrada dos comerciais do Arch Deluxe representou a saída das campanhas infantis, os consumidores mais velhos tornaram a frequentar o McDonald's. Entretanto, ninguém se empolgou com o novo conceito: eles queriam o bom e velho Big Mac. Gastaram mais de US$ 300 milhões para um projeto que foi descontinuado meses depois.