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03/03/2023 às 04:00•2 min de leitura
Perguntar a uma pessoa se ela é “surda” por não ter ouvido algo ou chamá-la de “retardada” após ela não entender uma determinada explicação são exemplos de capacitismo. O termo se refere ao ato de discriminar pessoas com deficiência (PCD), tratando-as como anormais ou incapazes.
O preconceito aparece em diversas frases rotineiras, que muitas vezes passam despercebidas ou disfarçadas de brincadeiras, naturalizando a ideia de inadequação de PCDs. Dessa forma, a construção de ambientes mais respeitosos e inclusivos passa por eliminar tais expressões.
(Fonte: Pixabay)
Para ajudar nesta tarefa, reunimos aqui 15 frases capacitistas que precisam ser riscadas do seu vocabulário.
Por mais que possa parecer um elogio, tratar PCDs como heróis não significa ter empatia por elas. Além disso, a frase ignora a falta de investimentos para tornar os espaços públicos acessíveis.
A expressão, usada para se referir a alguém que fingiu de desentendido para obter alguma vantagem, é outro exemplo de frases que reforçam o preconceito contra as pessoas com deficiência.
As pessoas com algum tipo de deficiência também são normais.
Trata-se de uma frase que coloca os PCDs como dignos de pena, reforçando a ideia de que essas pessoas são inferiores às “normais”.
(Fonte: Unsplash)
A expressão sugere que as pessoas com deficiência precisam ser tratadas como coitadas ou infantilizadas.
Neste caso, a ideia de que PCDs não têm capacidade de realizar as atividades cotidianas ou de fazer as coisas que gostam é reforçada.
A expressão, que serve para ofender ou xingar, sugerindo capacidade intelectual reduzida, só reforça a ideia de superioridade. Vale lembrar que o retardo mental — ou deficiência intelectual — é um transtorno neuropsiquiátrico que se manifesta nos primeiros anos de vida e precisa ser diagnosticado por um médico.
Como dito anteriormente, PCDs são tão “normais” quanto qualquer um, com acertos e erros, qualidades e defeitos, desejos e dificuldades.
(Fonte: Unsplash)
Usada como sinônimo de erro, a frase reforça preconceitos contra as pessoas que mancam.
A possibilidade de ver ou ouvir nada tem a ver com a capacidade de prestar atenção. A frase é ofensiva por associar PCDs à desatenção.
A expressão estigmatiza pessoas com deficiência intelectual, lembrando que a demência se caracteriza pela perda lenta e progressiva das funções mentais, afetando a capacidade de aprender e outras atividades cerebrais.
A frase preconceituosa pode ser substituída por expressões como “não temos estrutura para isso” ou “não temos força de trabalho suficiente”.
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O Transtorno do Espectro Autista (TEA) não é uma condição temporária ou estado de espírito. Por isso, evite usar essa frase para sugerir que alguém está distraído, isolado ou menos sociável.
O suposto elogio sugere que ter deficiência é algo ruim e precisa ser escondido, o que não é verdade.
Outro exemplo de frase capacitista que deve ser excluída do seu vocabulário, ela sugere que as pessoas com deficiência visual são inferiores e podem ser exploradas.