Estilo de vida
21/05/2023 às 06:00•2 min de leitura
Ao longo dos séculos, a preparação e o consumo de alimentos e bebidas desempenha um papel fundamental na evolução da humanidade. Desde os primórdios da civilização, as pessoas têm buscado maneiras de transformar ingredientes brutos em refeições saborosas e nutritivas, aproveitando ao máximo os recursos disponíveis em seu ambiente.
Nesta jornada gastronômica, as técnicas culinárias e paladares de diferentes culturas ao redor do mundo mudaram e alguns podem parecer especialmente curiosos diante das inovações significativas e dos atuais hábitos de alimentação.
Conheça seis maneiras antigas de preparo e consumo de comidas e bebidas.
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O consumo excessivo de açúcar está associado a uma série de problemas de saúde, mas isso nem sempre foi uma preocupação. O ingrediente era raramente usado nas receitas devido ao seu alto custo, sendo mais utilizado como matéria-prima de remédios e conservante de frutas.
A partir dos tempos coloniais, com o aumento de produção de cana-de-açúcar, beterraba e milho, as comidas e bebidas passaram a ficar mais doces. A indústria alimentícia capitalizou a preferência natural do paladar humano por sabores adoçados, inundando o mercado com uma infinidade de alimentos e bebidas açucarados.
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O chocolate quente foi criado pelos astecas e maias. No entanto, essa bebida era bem diferente da versão doce e láctea à qual estamos acostumados atualmente. Para eles, o chocolate quente era uma fonte de energia e um estimulante, semelhante ao café ou chá.
Esses povos raramente adoçavam o chocolate quente, ocasionalmente utilizando um pouco de mel para suavizar o amargor. No entanto, na maioria das vezes, preferiam apreciar o sabor intenso e concentrado do chocolate, algo que muitos de nós teríamos dificuldade em fazer hoje.
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Antes da invenção da refrigeração moderna e dos métodos avançados de preservação de alimentos, a carne salgada e o peixe salgado desempenhavam um papel fundamental na alimentação de muitas famílias. A salga era necessária para garantir que as carnes pudessem ser armazenadas por longos períodos.
Antes de cozinhar, o alimento salgado precisava ser deixado de molho durante a noite em água, a fim de remover o excesso de sal. Esse método permitia que a carne recuperasse a sua textura e sabor naturais, sem o risco de ficar excessivamente salgada. O processo ainda é usado em algumas receitas, como o bacalhau e a carne de sol.
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As pessoas costumavam consumir uma cerveja mais fraca, conhecida como "cerveja pequena", especialmente durante a Idade Média e em outros períodos da história, porque a bebida era considerada uma alternativa mais nutritiva e calórica em comparação à água simples.
Essa cerveja fornecia carboidratos e energia aos agricultores e trabalhadores, sem causar embriaguez, devido ao baixo teor alcoólico, e era especialmente comum em épocas em que a disponibilidade de alimentos era limitada.
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Nos tempos da Roma Antiga, muito antes da refrigeração moderna, o vinho era apreciado de maneira completamente diferente. Aqueles que bebiam vinho puro, sem misturá-lo com água, eram vistos como verdadeiros bárbaros, no sentido literal da palavra.
Os romanos tinham o hábito de diluir o vinho com água, e às vezes até mesmo com água do mar, tanto para reduzir seu teor alcoólico quanto para torná-lo mais agradável ao paladar. Além disso, era comum misturas com mel, mirra, cinzas, especiarias e até chumbo para equilibrar a acidez da bebida.
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A água de rosas é conhecida como desodorante corporal, limpeza de pele e cabelos. Embora muitos possam achar a ideia de adicionar a substância aos alimentos um tanto repugnante, era comum utilizá-la como agente aromatizante em produtos de panificação – função hoje cumprida pela baunilha.
Os sabores florais eram bastante apreciados em tempos passados e em várias culturas, trazendo uma delicadeza e um toque especial às preparações culinárias. Mesmo atualmente, ainda é possível encontrar sabores florais em algumas iguarias, como receitas turcas e indianas.